Opções de tecnologias e pesquisas em desenvolvimento sobre sistemas produtivos serão apresentados nesta terça-feira, dia 25, pela Embrapa e Sistema Famato durante o 4º Dia de Campo sobre sistemas Integrados. O evento será realizado no Sítio Tecnológico da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), a partir das 7h30, e reunirá produtores, consultores técnicos, estudantes e profissionais ligados ao setor agropecuário.

Nesta quarta edição do evento serão oferecidas duas possibilidades de roteiros para os participantes, cada uma com quatro estações temáticas. No momento da inscrição, o visitante escolherá aquela opção que melhor atende aos seus objetivos.

O roteiro A terá estações sobre novas opções de forrageiras para pastagens, manejo integrado de pragas em sistemas agrícolas, agricultura de precisão e sensoriamento remoto e manejo do componente florestal na integração lavoura-pecuária-floresta.

Já o roteiro B contará com palestras sobre sistema silvipastoril para a pecuária de leite, bananeira em sistemas agroflorestais, apicultura e mudança do clima e gases de efeito estufa na agricultura.

A abertura da possibilidade de escolha entre dois roteiros foi uma adaptação feita para atender às sugestões dos participantes das edições anteriores e também para melhorar a dinâmica do evento, que tem atraído um grande público nos últimos anos.

“Com o aumento do público que participa de nosso dia de campo, os grupos estavam ficando muito grandes, o que pode prejudicar a dinâmica e a qualidade das palestras. Desta forma, com os dois roteiros, teremos grupos menores, mais tempo para as palestras e proporcionaremos maior proximidade entre participante e palestrante”, explica o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrossilvipastoril, Lineu Domit.

As inscrições para o 4º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados são gratuitas e poderão ser feitas no local do evento, a partir das 7h30. A abertura será às 8h30 e a previsão de término é às 12h.

Confira abaixo uma síntese do conteúdo de cada estação temática:

ROTEIRO A

• A1 – Novas opções de forrageiras para pastagens

Nesta estação os pesquisadores Cacilda do Valle e Valter Peters apresentarão três cultivares de capim recentemente lançadas pela Embrapa e que são opções para os pecuaristas mato-grossenses. A BRS Paiguás é uma Brachiaria brizantha e se destaca por apresentar maior acúmulo de forragem de melhor valor nutritivo durante a seca. A BRS Zuri, por sua vez, é um cultivar de Panicum maximun de porte alto, com folhas largas, de produtividade até 12% superior ao cultivar Tanzânia. Apresenta fácil manejo e alto grau de resistência ao fungo foliar Bipolaris maydis.

• A2 – Manejo integrado de pragas em sistemas agrícolas: do monitoramento ao controle

As diferentes formas de monitoramento de pragas e os níveis de controle serão apresentados pelos pesquisadores Rafael Pitta e Fátima Ferreira. Por meio de uma abordagem prática, será demonstrado o uso de diferentes ferramentas de monitoramento, como armadilhas adesivas, de feromônio, luminosas, pano de batida, entre outras.

Em uma lavoura de soja ainda será exemplificado os diferentes níveis de danos, como a desfolha por exemplo, que são indicadores usados para iniciar o controle.

• A3 – Agricultura de precisão e sensoriamento remoto

Assim como na edição de 2013 do dia de campo sobre Sistemas Integrados, neste ano serão apresentados diferentes instrumentos utilizados para sensoriamento remoto e agricultura de precisão. Entre os itens mostrados pelo pesquisador Luciano Shiratsuchi e pelo professor da UFMT Wellington Gonzaga estarão os sensores de solo, que decidem a dosagem de adubo automaticamente, e os veículos aéreos não tripulados (Vant), que possibilitam a elaboração de mapas em que o produtor e seu consultor podem tomar decisões estratégicas de acordo com as informações coletadas.

Os participantes verão também a evolução das pesquisas desenvolvidas com sensores para adubação nitrogenada de milho safrinha. O trabalho iniciado na safra passada encontra-se em fase de validação em propriedades da região.

• A4 – Manejo do componente florestal na integração-lavoura-pecuária-floresta (iLPF)

O manejo das árvores em sistemas de iLPF será discutido e exemplificado nesta estação pelo pesquisador Maurel Behling e pelo engenheiro florestal da Flora Sinop Jaldes Langer. Eles abordarão temas como a nutrição do componente florestal e a condução da copa para melhor uso da madeira e maior benefício ao sistema integrado.

ROTEIRO B

• B1 – Sistema silvipastoril para a pecuária leiteira

A arborização de pastagens será o tema desta estação montada em um sistema que integra pequizeiros e capim. O engenheiro florestal Diego Antonio mostrará opções de espécies florestais a serem inseridas no sistema e a pesquisadora Roberta Carnevalli abordará questões como o conforto térmico, bem-estar animal, sombreamento de pastagem e uso dos sistemas silvipastoris na pecuária leiteira.

• B2 – Bananeira em sistemas agroflorestais

A utilização de fruteiras em sistemas agroflorestais (SAF) será o tema desta estação conduzida pelo pesquisador Marcelo Romano e pela agrônoma Suzinei Oliveira. Os profissionais da Embrapa mostrarão a importância da produção das frutas dentro do sistema, exemplificando com resultados obtidos do primeiro ciclo da variedade de bananeira BRS Tropical em SAF.

Também serão apresentadas outras variedades de banana recomendadas pela Embrapa para a região e alguns aspectos importantes de serem observados para obter mudas de qualidade.

• B3 – Apicultura

Nesta estação serão apresentados conceitos básicos da apicultura. A atividade pode ser uma fonte de renda complementar nas fazendas, utilizando áreas indisponíveis para a pecuária ou agricultura, como as reservas legais, por exemplo. Com uma abordagem prática e visual, o fiscal do Indea, Jefferson Banderó mostrará os equipamentos necessários para a cultura, equipamentos de segurança individual e espécies de abelhas sem ferrão.

• B4 – Mudança do clima e gases de efeito estufa na agricultura

Nesta estação o pesquisador Renato Rodrigues fará uma contextualização sobre o efeito estufa e sobre o histórico de emissões de gases causadores deste fenômeno, mostrará a contribuição da agricultura para as emissões e como a Embrapa Agrossilvipastoril está desenvolvendo pesquisas para avaliar e quantificar as emissões em diferentes sistemas agropecuários.

Em uma parte prática, serão exemplificadas as formas de coleta e de análises dos gases utilizando o método manual e o automático.