Conforme destacou o participante Vitor Teixeira, representante comercial da empresa Adubos Araguaia, de Goiânia, as Boas Práticas na Ensilagem é o grande ‘Calcanhar de Aquiles’ para o pecuarista em função das perdas que em geral acaba acontecendo no processo de produção.

E o uso de volumoso na dieta do gado de corte, quando feito principalmente, a partir de uma base mal elaborada, acarreta sim, em prejuízos importantes na estratégia de engorda do gado.

“A palestra abordou os detalhes sobre as boas práticas na ensilagem justamente para reduzir os riscos no comprometimento da qualidade do volumoso que em geral é misturado com a base proteica da formulação. Porque se a matéria seca não for de boa qualidade também haverá menor conversão alimentar no confinamento e com o animal comendo menos também ganhará menos carcaça. Um volumoso de qualidade reduz os custos e as boas práticas no processo da ensilagem auxiliam nisso”, destacou Teixeira.

Este tema foi trabalhado pelo médico veterinário Lucas José Mari, gerente de Probióticos da Lallemand, que também é Mestre e Doutor em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ/USP de Piracicaba (SP).
 
De acordo com Mari, a ensilagem por muitos anos foi uma prática pouco comum dos confinadores, por priorizarem o uso de grãos na dieta do gado como fonte energética. Mas, segundo ele, esta realidade vem sofrendo mudanças importantes com o uso cada vez maior em conjunto com o volumoso como uma boa estratégia para a redução de custos.

“A conservação da forragem vem sendo cada vez mais exigida em torno de um padrão de qualidade e de valor nutricional adequado o que faz com que o confinador tenha um uso reduzido de ingredientes concentrados e mesmo assim, conseguindo garantir uma reserva estratégica de volumoso sem perder o teor nutricional ”, concluiu o médico veterinário.

O uso de inoculantes, em relação aos quais são mais indicados, conforme a variedade da forragem utilizada na ensilagem e as opções de maquinários no atua mercado de implementos também estiveram entre os temas debatidos no minicurso.

Além deste assunto sobre Ferramentas para Aferir as Boas Práticas na Ensilagem, também foram temas dos minicursos: (2) Os Critérios de Seleção de Animais para Engorda em Confinamento; (3) Manejo Racional e Capacitação da Equipe: Qual o Impacto no Confinamento?; (4) Produção de Bons Bezerros para a Potencialização do Ganho no Confinamento; (5) Como Reformar, Recuperar e Manejar para ter uma Pastagem Sustentável e Intensiva; (6) Impactos do Sistema de Produção na Qualidade da Carne; (7) Sucessão Familiar e Gestão Patrimonial.

Nesta terça-feira, os conferencistas acompanharam o início das plenárias que foi aberta por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e atual presidente do Conselho da J&F Investimentos. Meirelles destacou o cenário macroeconômico brasileiro: quais são nossas oportunidades, desafios, fraquezas e forças diante de outros mercados.

A programação prossegue com os temas seguindo o eixo temático dos três painéis com destaques para a Segurança Alimentar e Flexibilidade de Produção para Abrir Mercados; a Cadeia Produtiva e em específico, o Painel sobre Confinamento de Precisão.