Publicado em: 21/08/2019 às 07:00hs
O treinamento é voltado para Empresas Construtoras; Empresas de Consultoria (fiscalização, supervisão e gerenciamento dos serviços); Dnit, DERs e Secretarias de Estado de Infraestrutura; Caixa Econômica Federal, BID e demais agentes financiadores de obras públicas; Controladorias Internas e Tribunais de Contas.
Dividido em dois módulos, o treinamento irá apresentar, no Módulo I, um histórico dos primeiros caminhos de ferro, principalmente os conceitos e as discussões afetas à interação entre a via férrea e os veículos, à geometria da via, concordância horizontal e vertical, superelevação e superlargura, aos componentes da via permanente (lastro, dimensionamento, dormentes, trilhos, acessórios de fixação e aparelhos de mudança de via). Nesse módulo, também serão analisados e discutidos os principais elementos do projeto de superestrutura ferroviária.
O Módulo II tem por objetivo fornecer aos profissionais os elementos básicos de Engenharia Ferroviária, principalmente os conceitos e as discussões afetas ao assentamento da via (processo clássico ou moderno, lastramento e nivelamento), ao esforço trator, às resistências e ao cálculo de lotação das composições, às características do material rodante (rebocado e de tração), à operação, à sinalização, à manutenção da via permanente ferroviária, com discussão a respeito dos principais parâmetros e indicadores de desempenho, e às normas técnicas ferroviárias. Na parte final do módulo, serão apresentados e discutidos diversos estudos de casos de projetos de ferrovias e obras de arte especiais, inclusive com orçamento.
Segundo o palestrante, apesar dos recentes e importantes investimentos realizados pelo governo federal na implantação de hidrovias e ferrovias, em consonância ao planejamento e às diretrizes preconizadas no Plano Nacional de Logística e Transportes, a matriz de transportes brasileira é marcada pela concentração acentuada do modo rodoviário em relação aos demais modos no transporte de cargas e passageiros. “O equilíbrio da matriz de transportes e o consequente acréscimo de participação dos modos ferroviário e aquaviário constituem necessidades prementes do governo federal e devem ser priorizados nos próximos anos, contando inclusive com potencial aporte internacional de recursos financeiros, o que exigirá qualificação dos profissionais na área de engenharia ferroviária”, ressalta Luiz Heleno Albuquerque Filho.
Investimentos – O curso vai ao encontro dos crescentes investimentos do governo federal na área de infraestrutura de transportes, que pretende estimular investimentos privados, elevando os aportes em infraestrutura como proporção do PIB de 1,6% para 3,8% até 2022.
De acordo com representantes do governo, a participação das ferrovias na matriz de transportes do País deve aumentar dos atuais 15% para 30% até 2025. Entre os projetos propostos para o futuro estão a Ferrogrão e a Fiol; a Fico; a ferrovia Rio – Vitória; além das prorrogações da malha paulista e da estrada de ferro Carajás, estrada de ferro Vitória Minas, a MRS e a ferrovia Centro-Atlântica.
Perfil – O curso será ministrado pelo engenheiro civil e mestre em Geotecnia, Luiz Heleno Albuquerque Filho, que foi coordenador-geral de Custos de Infraestrutura de Transportes (CGCIT) do Dnit entre 2011 e 2018.
Luiz Heleno foi responsável pela coordenação dos trabalhos de elaboração do Novo Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro). O sistema foi criado e aperfeiçoado pelo Dnit para elaboração de orçamentos, e é utilizado como referência de preços para obras e serviços rodoviários, ferroviários e hidroviários.
O engenheiro foi também professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e possui larga experiência na área de infraestrutura de vias terrestres; de superestrutura ferroviária; de engenharia de custos e formação de preços de obras públicas; e de geotecnia aplicada a` mineração, especialmente em investigação geotécnica de campo e barragens de rejeitos. Conta ainda com diversos trabalhos publicados em congressos, na Holanda, Portugal, Reino Unido e em vários estados brasileiros.
Fonte: New Roads Consultoria
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