A Biosev sediou nessa terça-feira, dia 21 de agosto, o IV Encontro Técnico do Programa Cooperativo de Experimentação e Manejo (PCEM). O evento aconteceu no Centro de Tecnologia e Inovação, localizado na unidade Santa Elisa em Sertãozinho, e abordou os resultados de pesquisa obtidos pelas empresas em suas diferentes condições de manejo.

A adubação foliar vem ganhando representatividade dentro das unidades da Biosev nas últimas quatro safras e faz parte das práticas de manejo para elevar a produtividade dos canaviais, em linha com a estratégia de buscar maior eficiência operacional na área agrícola. O tratamento consiste em uma adubação com nitrogênio e micronutrientes aplicados sobre as folhas da cana durante o período de maior desenvolvimento das plantas, entre os meses de novembro e dezembro.

Durante o encontro, Carlos Daniel Berro Filho, diretor agrícola da Biosev, apresentou os resultados obtidos pela empresa, que iniciou os testes em 2014 e atualmente trata cerca de 130 mil hectares por safra com adubação foliar. “Obtivemos ganhos médios de 6 toneladas por hectares nas áreas monitoradas, que são sempre locais com alto potencial produtivo, canaviais de cortes mais novos e expectativa de elevada produção na safra seguinte”, conta.

Além da Biosev, também serão conhecidos os resultados da Raízen, Adecoagro, Usinas São Luiz e Fazenda Santo Inácio. Rafael Otto, coordenador científico do PCEM, diz que o objetivo do encontro é conhecer os resultados obtidos pelas onze usinas participantes do programa e definir um protocolo experimental para comprovar os ganhos de produtividade conquistados. “Nossa intenção é implementar o novo protocolo entre os meses de novembro e dezembro desse ano, período de maior desenvolvimento vegetativo da cana-de-açúcar, com colheita prevista a partir de julho de 2019”, explica.

Criado para atender a necessidade de otimizar recursos de pesquisa e experimentação nas usinas por meio da inovação tecnológica, o PCEM conta com a participação da Biosev, Adecoagro, Agroterenas, Alta Mogiana, Cofco, Pedra Agroindustrial, Raízen, São Martinho, Tereos, Usinas São Luiz e Vale do Paraná. O programa engloba 200 milhões de toneladas de cana cultivadas por estas empresas, representando 30% da produção nacional. Ao todo são 57 experimentos instalados e a previsão para esse ano é implementar outros 25.

O PCEM organiza e unifica os protocolos experimentais para gerar resultados mais abrangentes que possam ser replicados pelas usinas participantes. O programa cria um ambiente favorável à discussão de resultados de pesquisas entre diversas unidades sucroenergéticas e desenvolve tecnologias que permitam aumentar a produtividade da cana-de-açúcar na região Centro-Sul. Coordenado por pesquisadores da Esalq/USP, busca também aumentar a interação entre a Universidade e o setor produtivo de cana-de-açúcar no Brasil.