Publicado em: 26/08/2013 às 16:40hs
Cerca de 200 pessoas, entre dirigentes rurais, produtores e autoridades, participaram da solenidade de inauguração do Centro de Inseminação Artificial de Bovinos de Pinhalzinho, resultado de ação conjunta do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) e da Cooperativa Regional Itaipu (Cooperitaipu).
O C.I.A. localiza-se próximo à rodovia federal BR-282, tem 420 m² de área construída e sua estrutura é constituída de um auditório para aulas teóricas, duas salas para aulas práticas, vestiários, almoxarifado, laboratório, piquetes e baias para acomodação das vacas.
O ato inaugural teve a presença do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e presidente da Cidasc, Enori Barbieri, do superintendente do Senar/SC, Gilmar Antonio Zanluchi, do presidente da Cooperitaipu, Arno Pandolfo, do prefeito de Pinhalzinho, Fabiano da Luz, do secretário da Agricultura e Pesca, João Rodrigues, do vice-presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Neivor Canton, do assessor técnico do Senar, Olices Santini, além de produtores, técnicos e dirigentes sindicais e cooperativistas, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais.
O Senar/SC e a cooperativa firmaram em janeiro deste ano convênio para desenvolvimento de um vasto programa de formação profissional rural na área de inseminação artificial de bovinos, destinado a produtores e trabalhadores rurais.
Coube ao Senar/SC elaborar o programa de qualificação e formação técnica, didático-pedagógico, reembolsar as despesas referentes à prestação de serviço de instrutoria, alimentação, material instrucional e emitir os certificados aos concluintes do treinamento.
Os cursos terão 40 horas de duração e, em média, serão realizados dois por mês, com doze participantes cada. Serão ministrados por uma equipe de médicos veterinários qualificados, incluindo aulas teóricas, práticas de manipulação de botijões de sêmen, técnicas de inseminação artificial, noções de melhoramento genético, raças, linhagens, sanidade animal e implantação de programas de inseminação artificial em estabelecimentos rurais do oeste catarinense.
Os cursos são totalmente gratuitos e, para participar, o interessado deve trabalhar no setor agropecuário e ter 18 anos completos. As inscrições podem ser feitas nos Sindicatos Rurais, secretarias municipais de agricultura ou na Cooperitaipu. O investimento em formação profissional rural do Senar será da ordem de 180 mil reais por ano para formar cerca de 300 produtores, com custo de 600 reais por aluno. Para este ano de 2013 estão previstos oito treinamentos para a formação de 96 novos inseminadores.
A Cooperitaipu, por outro lado, disponibilizou a infraestrutura adequada, estruturou o Centro de Inseminação de Bovinos com instalações, equipamentos e 40 bovinos fêmeas para a realização da prática profissional.
Os treinamentos iniciaram no dia 19 de agosto de agosto. Os alunos da primeira turma, que teve como instrutor Milton Nemessék, receberam os certificados no ato de inauguração do Centro de Inseminação. Os novos inseminadores são Daniel Biesdorf, Marcos Assmann, Andréa Balestrini, Valdoir Steffens, Sílvio Gubert, Leandro Dalla Vechia, Evandro Luiz Rempel, Paulo Miguel Maldaner, Odivan Johann, Rafael Schmitt, Marcelo Gubert, Ghiovanni Thiago Zanella e Jucenir José de Franceschini.
O superintendente Gilmar Zanluchi destacou que, neste ano, o Senar/SC oferecerá 76 cursos de inseminação artificial em todas as regiões catarinenses. Serão 56 cursos de inseminação em bovinos com duração de 40 horas e 20 cursos de inseminação em suínos, com duração de oito horas. As turmas terão formação de 12 produtores, o que significará 912 pessoas qualificadas em 2013. O curso em suínos tem menor carga horária porque é considerado um aperfeiçoamento. A participação nos cursos é totalmente gratuita.
NOVOS INSEMINADORES
O filho de produtor rural do município de Saudades, formado em Técnico em Agropecuária, Daniel Biesdorf, de 27 anos, trabalha na propriedade da família que conta com aproximadamente 25 hectares e tem entre 45 a 50 novilhas/vacas e 650 suínos de terminação integrados ao sistema Cooperitaipu/Aurora. O anseio pelo aperfeiçoamento e o conhecimento na área de bovinocultura de leite motivaram Biesdorf a participaram da primeira turma do treinamento. “Preciso conhecer o assunto para tomar as decisões corretas para melhorar muito o rebanho a partir da inseminação artificial”, ressaltou.
Para o técnico em agropecuária o treinamento foi muito bom em função de ter uma estrutura excelente, conteúdo adequado e suporte tanto na questão de instrutor, metodologia, estrutura física, localização e apoio. “O que chamou atenção foi à dedicação do grupo, a humildade e a simplicidade dos instrutores em repassar os conhecimentos”, complementou.
O próximo passo de Biesdorf será colocar em prática, na propriedade da família, os conhecimentos adquiridos no treinamento. “O que facilitará o dia a dia na atividade, pois saímos capacitados para usar o ato da prática de inseminação artificial e não precisaremos mais terceirizar o serviço”, observou.
Para o filho de produtor do município de Sul Brasil, Marcelo Gubert, de 20 anos, o objetivo de participar do treinamento foi de melhorar cada vez mais a genética dos rebanhos e a vontade de ter vários reprodutores provados. A propriedade da família Gubert tem aproximadamente 50 hectares e 50 bovinos. De acordo com o recém-formado inseminador, o sêmen é uma genética econômica e de boa qualidade. “O treinamento foi ótimo, consegui tirar bastante proveito e aprendi muito. Agora colocarei em prática na propriedade”, avaliou.
Segundo a empresária rural, Andréa Balestrini, de 32 anos, os produtores precisam cada vez mais buscar a profissionalização da atividade. “Nossa região deve ser referência por ter pessoas qualificadas em seus segmentos”, complementou. Andréa foi a única mulher a participar do treinamento de inseminadores de bovinos. Seu pioneirismo é descrito como determinação, “pois quando se deseja é necessário correr atrás”, afirmou.
Desde que casou e foi morar no interior, Andréa sempre gostou de trabalhar com as vacas na propriedade de aproximadamente 20 hectares, que conta com 50 animais, onde também trabalham o esposo, a sogra, o sogro e um funcionário. Havia, entretanto, a necessidade de melhorar a genética dos animais. “Meu marido é um inseminador e eu colaborava na atividade. Porém, desejava ter um conhecimento mais abrangente e no curso aprendemos muito mais do que a inseminação”, avaliou.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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