Publicado em: 09/01/2025 às 10:45hs
As vendas no varejo brasileiro registraram uma queda de 0,4% em novembro, interrompendo dois meses consecutivos de avanços e superando as projeções de retração de 0,2%, segundo pesquisa da Reuters. Os dados, ajustados sazonalmente e divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também indicaram um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, acima da expectativa de alta de 4,3%.
Apesar de um desempenho amplamente positivo ao longo de 2024, com queda nas vendas apenas em três meses, o setor varejista enfrenta desafios crescentes no cenário econômico. Fatores como o mercado de trabalho aquecido, expansão do crédito e aumento da renda impulsionaram as vendas, mas agora o setor lida com a pressão do aperto monetário e a diminuição dos estímulos fiscais. Em dezembro, a taxa básica de juros (Selic) foi elevada a 11,25%, e o Banco Central já sinalizou novas altas de 1 ponto percentual nas próximas reuniões.
Entre as oito atividades analisadas pelo IBGE, cinco apresentaram quedas em novembro na comparação com o mês anterior. Destaques incluem:
Por outro lado, três categorias registraram avanços no período:
No varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, bem como material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 1,4% em relação a outubro.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, ressaltou que a retração de novembro ocorre após dois meses de avanços e destacou o forte crescimento do varejo no primeiro semestre de 2024. “Uma acomodação no segundo semestre era natural e esperada”, explicou Santos.
Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, os resultados confirmam uma desaceleração moderada. “O desempenho segue positivo na comparação anual, e o setor permanece próximo de seus níveis recordes”, avaliou.
Fonte: Portal do Agronegócio
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