Publicado em: 09/09/2025 às 17:00hs
O faturamento do varejo teve retração de 1,4% em termos reais (descontada a inflação) na comparação com agosto de 2024. Apesar disso, em termos nominais, que não consideram o efeito da inflação, houve alta de 3,5%.
O resultado reforça uma tendência já observada em outros indicadores, como a desaceleração do PIB no segundo trimestre: mesmo com aumento no valor transacionado, o volume real de vendas continua pressionado pela alta de preços.
O único destaque positivo foi o setor de turismo e transporte, impulsionado principalmente por postos de combustíveis e pelo aumento da mobilidade, ainda que os preços de combustíveis tenham recuado em agosto em relação a julho.
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou deflação de 0,14% em agosto, a primeira em mais de dois anos. Ainda assim, no acumulado de 12 meses, a inflação segue em 4,95%.
Entre os grupos que mais impactaram o resultado:
De acordo com o ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses ficou em 5,0% em agosto, abaixo dos 5,3% de julho.
Segundo o ICVA deflacionado, os resultados por região em agosto foram:
Em termos nominais (sem considerar a inflação), todas as regiões registraram crescimento: Sudeste (+4,0%), Sul (+3,4%), Nordeste (+2,8%), Centro-Oeste (+2,3%) e Norte (+1,3%).
No recorte por canal de vendas, os números mostram crescimento em ambos os formatos:
Para Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, os dados reforçam um padrão de cautela.
“Agosto reforça a tendência de crescimento nominal com queda real no varejo brasileiro, evidenciando o impacto da inflação sobre o consumo e a cautela do consumidor. Setores como Turismo e Transporte seguem em destaque positivo, enquanto Supermercados e Hipermercados parecem começar a sentir uma desaceleração no consumo”, afirma.
Fonte: Portal do Agronegócio
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