Publicado em: 12/03/2019 às 11:10hs
Os preços internacionais do milho futuro começam a terça-feira (12) operando muito próximos da estabilidade. As principais cotações registram flutuações entre 0,25 e 0,75 pontos por volta das 08h59 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,52, o maio/19 valia US$ 3,62 e o julho/19 era negociado por US$ 3,71.
Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho estão um pouco mais altos após uma sessão noturna muito ativa.
O milho barato fez com que os fabricantes de rações da Coreia do Sul voltassem ao mercado durante a noite, retomando o ponto em que começaram a comprar a última moeda, antes do relatório do USDA de sexta-feira. Mas todos esses negócios podem ser originários de qualquer parte do mundo e as origens norte-americanas não são as mais baratas do mundo.
Os mercados de grãos dos EUA continuam se preparando para mais inundações. Outra tempestade trará condições de nevasca nas planícies ocidentais e choverá para uma seção intermediária dos EUA que já está encharcada.
A chuva e as temperaturas mais quentes durante a próxima semana podem trazer mais inundações para o meio-oeste, quando uma grande camada de neve começa a derreter. Essa água pode atrapalhar a navegação.
Algumas barcaças atravessaram a eclusa em Muscatine, Iowa, ontem, enquanto o tráfego também está começando a se mover no rio Ohio, onde cerca de 80 rebocadores estão esperando para descer o rio com mais 40 na linha para subir.
Confira como fechou o mercado na última segunda-feira:
Em meio à preocupações comerciais, milho encerra segunda-feira desvalorizado em Chicago
A segunda-feira (11) terminou com os preços internacionais do milho apresentando quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram desvalorizações entre 2 e 2,25 pontos negativos. O vencimento março/19 foi negociado por US$ 3,52, o maio/19 valia US$ 3,62 e o julho/19 foi negociado por US$ 3,71.
Conforme análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho registraram baixa de cerca de 0,5% na segunda-feira sobre as preocupações comerciais e os efeitos colaterais de outros grãos, particularmente a queda nos preços do trigo.
As vendas baixas dos fazendeiros e os baixos preços futuros mantiveram as ofertas de base de milho firmes na segunda-feira, subindo de 1 a 8 centavos em vários locais do centro-oeste dos Estados Unidos.
Segundo a Agência Reuters, a dissipação das esperanças de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China superou qualquer reação positiva do anúncio de uma nova venda de soja dos EUA à China, o maior comprador mundial de sementes oleaginosas.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, disse na segunda-feira que a data para uma cúpula comercial entre o presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping não foi marcada e as negociações estão em andamento.
"Acho que o comércio acabou de desistir de que isso acontecerá em breve", disse Bill Gentry, diretor-gerente de consultoria agrícola da Risk Management Commodities.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praça de Luís Eduardo Magalhães/BA (1,41% e preço de R$ 36,00), Doutrados/MS (1,45% e preço de R$ 35,00) e Rondonópolis/MT (3,13% e preço de R$ 33,00).
Já as baixas apareceram em Campinas/SP (1,18% e preço R$ 41,86), Pato Branco/PR (1,53% e preço de R$ 32,20), Cascavel (1,56% e preço de R$ 31,50), Ubiratã/PR e Londrina/PR (1,61% e preço de R$ 30,50) e São Gabriel do Oeste/MS (9,09% e preço de R$ 30,00).
A XP Investimentos aponta que, após um início de ano muito especulado e com preços recordes, mercado físico do milho volta a ficar pressionado. Em Campinas (SP), Indústrias e Granjas retomaram os negócios com tributado e fizeram bons estoques de curto prazo. O fato abriu espaço para testes de preço no mercado de diferido e, ao menos por enquanto, as cotações vão se arrefecendo.
Intermediários e Silos, assim como produtores, ainda tentam regular as ofertas no diferido, apoiados em fretes elevados e possíveis quebras de produção. Cada dia que passa, porém, os argumentos vão perdendo força, dado a boa evolução das colheitas em lavouras locais (SP) e dos plantios de Inverno no Sul e Centro-Oeste.
Já a Agrifatto Consultoria mostra que os trabalhos a campo acelerados nesta temporada, combinado com o recente período úmido, continua alimentando perspectivas positivas para a segunda safra do milho. Neste sentido, os mapas climáticos seguem apontando para chuvas acima da média em boa parte do Brasil central nesta semana.
No mercado físico, a expectativa de safrinha cheia e preços alcançando patamares mais altos, incentivaram a comercialização. Mas apesar de avanço da liquidez, as cotações seguem sustentadas para o insumo.
Fonte: Notícias Agrícolas
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