Análise de Mercado

Tabaco mantém liderança como principal fonte de renda no Sul, apesar da diversificação agrícola

Receita do tabaco supera R$ 14 bilhões e garante 58% da renda das propriedades rurais da região


Publicado em: 22/09/2025 às 11:05hs

Tabaco mantém liderança como principal fonte de renda no Sul, apesar da diversificação agrícola
Foto: SINDITABACO

Mesmo com o avanço da diversificação produtiva, o cultivo do tabaco continua sendo a principal base econômica para milhares de famílias agricultoras do Sul do Brasil. Dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) mostram que, entre as safras 2023/24 e 2024/25, a receita da cultura cresceu mais de R$ 2,3 bilhões, consolidando sua relevância no campo.

Crescimento expressivo da receita

De acordo com o levantamento, a safra 2024/25 alcançou R$ 24,3 bilhões em receita total, alta de 16,15% em comparação com o ciclo anterior. O tabaco foi responsável por R$ 14,17 bilhões desse valor, o equivalente a 58,3% da renda das propriedades rurais. Na safra passada, o cultivo já representava 56,3%, com faturamento de R$ 11,78 bilhões.

Segundo o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, a força da cultura está associada à estabilidade da demanda internacional.

“Com uma cadeia produtiva consolidada e mercado externo estável, o tabaco segue sendo um pilar econômico para milhares de pequenos produtores”, destacou.

Avanço das culturas agrícolas

O relatório também evidencia um salto na diversificação agrícola. Outras culturas somaram R$ 5,5 bilhões em receita na safra 2024/25, frente aos R$ 3,83 bilhões do ciclo anterior, o que representa um crescimento de 43,85%. A participação dessas atividades na renda total das propriedades passou de 18,3% para 22,7%.

Queda na produção animal

Em contrapartida, a produção animal e de produtos granjeiros registrou retração. A receita caiu de R$ 5,32 bilhões (2023/24) para R$ 4,63 bilhões (2024/25), reduzindo sua fatia na renda das propriedades de 25,4% para 19,1%. Para Thesing, esse movimento pode sinalizar ajustes no setor pecuário.

“O recuo pode indicar um reposicionamento dos produtores diante dos custos de produção e da rentabilidade do setor”, avaliou.

Mais famílias envolvidas na atividade

Outro ponto de destaque do levantamento é o aumento no número de famílias envolvidas na produção. O total passou de 133 mil para 138 mil, alta de 3,76%. Esse avanço reforça a atratividade econômica da atividade, que segue garantindo protagonismo ao tabaco no cenário rural da Região Sul.

Fonte: Portal do Agronegócio

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