No mesmo período, o agronegócio apresentou exportações de US$ 12,68 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 3,74 bilhões. O superávit de US$ 8,94 bilhões foi importante para diminuir o déficit da Balança Comercial Paulista, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA).

No período analisado, os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram: complexo sucroalcooleiro (US$3,86 bilhões), seguido do setor de carnes (US$1,68 bilhão), complexo soja (US$1,67 bilhão), sucos (US$1,49 bilhão) e produtos florestais (US$1,35 bilhão). Esses cinco agregados representaram 79,2% das vendas externas setoriais paulistas, afirmam José Alberto Angelo, Carlos Nabil Ghobril e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, pesquisadores do IEA.

As variações nos valores exportados dos principais grupos, com exceção do complexo sucroalcooleiro que acumula queda de 40,8%, quando comparado com o mesmo período de 2017, encontram-se em trajetória ascendente: carnes (+24,3%), complexo soja (+30,6%), sucos (+13,7%) e produtos florestais (+5,6%). Além desses, o café, tradicional produto do agronegócio paulista, com exportações de US$ 378,58 milhões, também apresentou queda na comparação com o ano anterior, destacam os pesquisadores. "Essas variações nas receitas do comércio exterior se devem a composições tanto de preços como de volumes exportados", explicam.

Em 2018, a China passou a figurar como principal destino das exportações do agronegócio paulista, com participação de 18,7%, superando a União Europeia com 16,9%. A pauta de exportações para a China está concentrada no complexo soja e nas carnes que, juntas representam 79,9% das exportações paulistas para esse país.

Já a União Europeia possui uma pauta mais diversificada, com destaque para os sucos, que representaram 39,3% nos primeiros nove meses de 2018. Na sequência aparecem os Estados Unidos, tendo como os dois principais grupos de produtos os sucos (26,9%) e o complexo sucroalcooleiro (25,2%), que juntos possuem mais de 50% de representatividade.