Análise de Mercado

Soja volta a subir na bolsa de Chicago nesta 5ª

Nesta quinta-feira (21), os negócios são positivos para a soja na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h30 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados do momento subiam pouco mais de 4 pontos


Publicado em: 21/11/2013 às 11:15hs

Soja volta a subir na bolsa de Chicago nesta 5ª

O mercado tenta consolidar uma recuperação após uma sessão de bastante volatilidade ontem. Como explicou o analista de mercado Vinícius Ito, da Jefferies Corretora, o que o mercado observa agora é o movimento e a intensidade da demanda mundial por soja, a qual se mantém bastante agressiva e não dá sinais de desaquecimento.

Além disso, nesta quinta-feira ainda será reportado o boletim de exportações semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trazendo números que confirmam essa forte demanda.

Esse foco na procura por soja se intensifica nesse momento em que a colheita da safra norte-americana já está concluída e, na América do Sul, a nova temporada começa a se desenvolver e ainda há muita incerteza sobre os resultados reais da temporada 2013/14, principalmente no Brasil e na Argentina, principais produtores sulamericanos.

Acompanhando o movimento positivo da soja, milho e trigo também trabalham em alta nesta quinta-feira. Os futuros do milho, segundo analistas, tentam se recuperar das últimas baixas, buscando um ponto de equilíbrio, já que o contrato dezembro/13, o mais negociado nesse momento, se aproxima dos US$ 4 por bushel, se aproximando de uma mínima.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Em Chicago, soja tem dia volátil e fecha em campo misto nesta 4ª

Durante toda a sessão desta quarta-feira (20), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operaram com volatilidade, oscilando várias vezes entre os lados positivo e negativo da tabela, encerrando no misto. Segundo analistas, os movimentos do mercado são bastante técnicos nesse momento em que os investidores  não contam com muitas novidades. Dessa forma, há duas semanas as cotações vêm apresentando uma estabilidade. Acompanhando os preços do grão, o mercado do farelo também operou em campo misto e com volatilidade nesta quarta.

Como explicou o consultor da Safras & Mercado Flávio França, o "mercado agora luta para não cair". França afirma que os fundamentos ainda são os mesmos, a demanda se mantém bastante firme e agressiva, porém, o mercado também passa a dar atenção, neste momento, à nova safra da América do Sul, a qual se desenvolve sem grandes problemas até esse momento.

Para o consultor, nesse momento o mercado poderia até mesmo registrar um recuo mais expressivo com a chegada da nova safra norte-americana e uma maior oferta disponível, mas, os produtores locais têm segurado suas vendas, diminuindo a pressão de oferta, dando suporte aos preços e apostando em momentos melhores de vendas mais adiante.

De um lado, os investidores observam a agressiva procura pela soja norte-americana, enquanto as exportações e embarques no país acontecem em um ritmo bastante acelerado, atingindo níveis recordes. Além disso, esperando por preços melhores, os produtores locais se mantém mais contidos em suas vendas, reduzindo a pressão da oferta e apostando em momentos mais oportunos para a comercialização mais adiante. Nesse momento, com a colheita finalizada, os Estados Unidos são o único fornecedor com soja disponível e mais competitiva, cenário que permite esse movimento por parte dos sojicultores, que aguardam também prêmios melhores para o seu produto.

Assim, como explicou Vinícius Ito, analista de mercado da Jefferies Corretora, enquanto a safra começa a se desenvolver na América do Sul e concluída a colheita nos Estados Unidos, os investidores agora se voltam, quase que exclusivamente, para o movimento da demanda. A procura por soja está bastante forte, os estoques norte-americanos são baixos e mais de 86% do total projetado pelo USDA para ser exportado já está comprometido.

Fonte: Notícias Agrícolas

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