Análise de Mercado

Soja recua e opera com volatilidade em Chicago nesta 6ª

Nesta sexta-feira (25), o mercado da soja opera em queda na Bolsa de Chicago


Publicado em: 25/10/2013 às 15:50hs

Soja recua e opera com volatilidade em Chicago nesta 6ª

Os preços encerraram o pregão eletrônico com um ligeiro recuo e ampliaram as perdas na sessão regular. Os negócios, , porém, registram volatilidade. "O mercado está esperando dados mais significativos, mais concretos, para tomar uma posição mais definitiva", explicou o analista de mercado Eleandro Mori.

O mercado chegou sem força ao final da semana e passa, segundo analistas, por um movimento de realização de lucros após os bons ganhos registrados nos últimos dias. Nessa semana, os primeiros vencimentos conseguiram retomar o patamar dos US$ 13 por bushel e, ainda segundo analistas, o contrato novembro, referência para a safra brasileira, deve buscar os US$ 13,20.

A colheita nos Estados Unidos se desenvolve em condições de clima bastante adversas, com a incidência de neve em alguns estados importantes como Iowa, Illinois, Indiana, Dakota do Sul e Minnesota. No entanto, os trabalhos de campo parecem continuar, mesmo que em um ritmo mais lento. Além disso, o plantio na América do Sul avança, principalmente no Brasil. Na Argetina, os trabalhos de campo também começaram e a área de soja já está 2,4% plantada. Sazonalmente, esse também acaba sendo um fator de pressão negativa para as cotações.

Porém, a demanda muito aquecida pela soja norte-americana ainda dá suporte aos preços e limita o potencial de queda na Bolsa de Chicago. "A demanda foi o que fez o mercado registrar essa valorização nas últimas semanas. Os preços poderiam ter ainda uma valorização mais expressiva, haja vista que os prêmios estão bem positivos e prêmio alta significa uma demanda forte. Assim, os preços em Chicago estão trabalhando abaixo daquilo que o mercado está sinalizando. Eu acredito que, para ser justo, o novembro deveria estar na casa dos US$ 13,50 e o maio/14 em US$ 13", acredita Mori.

A volatilidade, de acordo com o analista, é reflexo também de uma falta de tendência para os preços, que aguardam por mais informações concretas sobre a evolução da safra nos Estados Unidos e o início da temporada na América do Sul. Assim, os investidores esperam pelo relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no dia 8 de novembro.

Esse seria o primeiro relatório de oferta e demanda do departamento norte-americano após a paralisação do governo dos EUA, o que faz com que se torne muito importante para o mercado. O boletim de outubro não foi divulgado e os investidores ficaram sem as referências oficiais.

No entanto, depois de três semanas sem trabalho, Eleandro Mori acredita que para o relatório do dia 8 o USDA ainda não tenha tido tempo de coletar todas as informações necessárias para refletir a realidade do cenário. "Com a paralisação do governo americano, o mercado acredita que não houve tempo suficiente para coletar todas as informações, então, pode ser que esses dados não esteja mostrando a real situação. Mas esse relatório é muito importante, já que atualiza dados de área também", explica.

Fonte: Notícias Agrícolas

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