Publicado em: 31/10/2013 às 11:10hs
O vencimento novembro/13, referência para a safra americana, tentava buscar novamente os US$ 13 por bushel, já se aproximando desse patamar, sendo cotado a US$ 12,95. O milho também registrava pequenos ganhos, enquanto o trigo operava na estabilidade, sem movimentações muito expressivas.
O mercado parece ter recebido bem a notícia de que o Federal Reserve (FED, o banco central norte-americano) decidiu, mais uma vez, manter o programa de estímulos à economia dos Estados Unidos. Além disso, a instituição ainda manteve os juros básicos entre 0 e 0,25% ao ano.
Paralelamente, no mercado da soja, o mercado ainda encontra fôlego para subir nas informações sobre a demanda extremamente aquecida pelos produtos norte-americanos. Há uma grande busca não só pela soja em grão, mas também por óleo e farelo em um momento em que os estoques são muito apertados. A colheita da nova safra avança, já há entre 70 e 80% da área colhida, porém, os produtores dos EUA têm segurado sua nova oferta à espera de melhores momentos para efetivar a comercialização.
Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga números das exportações semanais referentes às três semanas em que os trabalhos do governo norte-americano estiveram parados em função de um impasse político que travou o país. Esses números, segundo analistas, chegarão para confirmar essa força e intensidade da demanda, além de poder dar algum direcionamento mais definido para os negócios.
Para alguns analistas, com esses números as vendas de soja dos EUA poderiam chegar a 30 milhões de toneladas no ano comercial 2013/14 frente às 37 milhões que são projetadas pelo USDA para serem exportadas nessa temporada. "Assim que tivermos a atualização de todos os dados de exportações do USDA, veremos que a China está muito concentrada nos EUA. Até onde os dados saíram, nós temos o país com 17,5 milhões de toneladas de soja já compradas dos Estados Unidos, contra 13 milhões na mesma época do ano passado", explicou o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin.
Os investidores esperam ainda pelo boletim de oferta e demanda que o USDA traz no próximo dia 8 de novembro. O mercado aguarda esses números com ansiedade, pois, com a paralisação do governo norte-americano, o reporte de outubro não foi divulgado, deixando as cotações e seu andamento às escuras na Bolsa de Chicago.
"Nós devemos ter um ajuste para cima na produtividade, isso não é novidade nenhuma para o mercado. Eu acredito que não deveremos ter um número muito maior do que 48,2 sacas por hectare (42,5 bushels por acre), em função da alta proporção do double crop, que a soja precoce plantada na sequência do trigo. 10% da soja dos EUA foi plantada assim, o trigo foi colhido tarde, então essa soja também foi plantada mais tarde e deve ter um pouco menos de produtividade", diz o analista. Dessa forma, para Vanin, os estoques finais de soja norte-americanos, portanto, não devem ficar muito diferentes do último boletim, divulgado em setembro de 4,08 milhões de toneladas.
Fonte: Notícias Agrícolas
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