Publicado em: 07/08/2025 às 12:30hs
O Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) já ocupa cerca de 17,4 milhões de hectares no Brasil e tem potencial para se expandir para mais de 150 milhões de hectares, aproveitando áreas de pastagens já existentes, sem necessidade de abrir novas terras. Os dados são da Rede ILPF, cuja presidência executiva é liderada por Francisco Matturro.
Atualmente, o Brasil possui 159 milhões de hectares de pastagens passíveis de conversão para o sistema ILPF, o que permitiria ampliar significativamente a produção agropecuária nacional de forma sustentável.
“A ILPF representa a emancipação do produtor rural, oferecendo renda em três horizontes de tempo: no curto prazo, por meio das lavouras; no médio, com a pecuária; e no longo prazo, com o componente florestal”, destaca Matturro.
A ILPF integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área, que podem ser aplicadas de forma consorciada, em rotação ou sucessão. O sistema intensifica o uso da terra de maneira sustentável, aumenta a produtividade, reduz custos com insumos e diversifica as fontes de renda.
Além disso, a prática traz benefícios ambientais importantes, como:
A ILPF pode ser aplicada com culturas como soja, milho e algodão, combinadas à bovinocultura de corte ou leite, além da silvicultura, com destaque para o eucalipto. O sistema é adaptável a propriedades de todos os tamanhos e biomas brasileiros, contrariando o senso comum de que seria voltado apenas para grandes áreas.
Casos de sucesso na adoção do sistema
Duas propriedades se destacam como exemplos bem-sucedidos de adoção da ILPF:
Diante dos resultados positivos, o programa Integra, desenvolvido pela Rede ILPF, está em expansão. Em 2024, além de São Paulo, o programa passou a ser implementado em mais quatro estados:
A iniciativa tem apoio das secretarias estaduais de Agricultura, da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e de outras entidades. O foco é difundir conhecimento e tecnologia sobre o sistema, por meio de:
Além disso, o programa articula com instituições financeiras para facilitar o acesso dos produtores a linhas de crédito sustentáveis, com condições mais atrativas, e estimular o ingresso em mercados diferenciados, como o de carne de baixo carbono.
Fonte: Portal do Agronegócio
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