Análise de Mercado

SC comemora boa safra de cebola

Apesar das adversidades climáticas enfrentadas durante o plantio preço está bom


Publicado em: 16/03/2021 às 17:20hs

SC comemora boa safra de cebola

Santa Catarina, maior produtor nacional de cebola, colhe uma boa safra apesar dos problemas climáticos ao longo do ciclo. A pouca chuva no período de bulbificação comprometeu o tamanho das hortaliças, mesmo em lavouras irrigadas. Nos municípios de Vidal Ramos, Imbuia, Aurora e Petrolândia, o granizo foi o problema, chegando a comprometer 100% da produção de algumas propriedades.

Com este cenário a produtividade estimada para a safra catarinense de cebola 2020/21 chega a 25 toneladas por hectare. Em safras de condições climáticas normais, a média é de 30t/ha, podendo chegar a 50t/ha nos ciclos agrícolas mais produtivos.

Santa Catarina perdeu 100 mil toneladas de cebola nesta safra. As perdas também atingiram os cultivos do Rio Grande do Sul e Paraná. “Neste ano, mesmo com a produção reduzida, garantiremos de 20% a 25% do mercado nacional”, afirma o analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, Jurandi Teodoro Gugel.

Como a qualidade se destaca nesta safra e a cebola catarinense é a única disponível no mercado nacional neste momento, o preço ao produtor subiu e pode chegar a R$ 2,30, em média, o quilo, superior ao custo de produção, que gira em torno de R$ 1,00. 

Neste ano, quando a produção total esperada é de 389 mil toneladas. Para garantir um preço melhor, a estratégia dos cebolicultores foi segurar a hortaliça nas propriedades. A colheita da cebola precoce inicia já em novembro no Estado e, no caso das mais tardias, se estende até janeiro. 

Apesar de estar com toda a produção já colhida, no final de fevereiro os agricultores ainda retinham 30% em suas propriedades, em busca de melhores negociações. Mas esse prazo pode estar se extinguindo. Jurandi afirma que há expectativas que na segunda quinzena de março haja aumento nas importações de cebola da Argentina e da Holanda para o Brasil, o que deve elevar a oferta e afetar os preços no mercado interno.

Fonte: Agrolink

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