Publicado em: 27/05/2025 às 10:58hs
As recentes sanções aplicadas pela União Europeia (UE) e pelo Reino Unido ao diesel russo não representam uma ameaça ao abastecimento do combustível no Brasil, segundo avaliação de Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira de Biopolímeros Compostáveis e Compostagem (Abicom). Em entrevista à CNN Money, Araújo destacou que, apesar da pressão internacional sobre a Rússia devido ao conflito na Ucrânia, as importações de diesel continuam normalmente.
Para o mês de maio, a expectativa é de que o Brasil importe cerca de 1,4 bilhão de litros de diesel, com aproximadamente 65% a 70% desse volume vindo da Rússia. Araújo reforçou que, até o momento, não há reflexos das sanções no abastecimento interno, que permanece estável.
O presidente da Abicom explicou que existe uma tendência de maior rigor na avaliação dos fornecedores e nos equipamentos utilizados para o transporte do diesel russo ao Brasil, mas afirmou que não há motivos para preocupações imediatas.
Apesar da estabilidade no abastecimento, Araújo alertou para a possibilidade de aumento no preço do diesel caso ocorra uma substituição do fornecimento russo pelo americano. Segundo ele, essa migração poderia elevar o custo do combustível em cerca de 6 a 7 centavos por litro.
Araújo também comentou sobre o incentivo ao uso de biocombustíveis no país. Ele destacou o projeto “Combustível do Futuro”, aprovado pelo Congresso Nacional, que prevê o aumento gradual do teor de biodiesel no diesel, atualmente fixado em 14%, até alcançar 20%.
Por fim, o presidente da Abicom garantiu que as distribuidoras brasileiras estão bem preparadas para enfrentar possíveis impactos no mercado internacional de combustíveis. “As distribuidoras têm equipes treinadas que monitoram o mercado continuamente e realizam planejamentos para garantir o suprimento”, afirmou.
Fonte: Portal do Agronegócio
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