Publicado em: 27/08/2014 às 10:00hs
No final da década de 1970, a Bahia era um dos maiores produtores de cacau do mundo com safras de até 400 mil toneladas anuais e movimentação financeira de cerca de R$ 2 bilhões a preços atualizados, conforme estimativa da Secretaria de Planejamento do Estado.
Nos últimos anos, porém, vários fatores contribuíram para arrasar a cultura na região cacaueira baiana. Primeiro, os preços no mercado internacional despencaram por conta da grande oferta do produto produzido por países africanos.
Em seguida, um período de poucas chuvas arrasou as plantações sempre favorecida por baixas temperaturas.
Mas o maior golpe veio com a instalação e proliferação da vassoura de bruxa - um fungo endêmico na Amazônia que apodreceu galhos novos e frutos, causando a queda vertiginosa da safra e a falência dos grandes produtores, quebrando o mercado local e desempregando milhares de trabalhadores.
Medidas
Segundo a Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), nos últimos dois anos, alguns projetos foram implementados para ajudar os produtores da região.
Entre estes, a implantação de três estufas (investimento de R$ 600 mil) para uso da Biofábrica de Cacau, aumentando a capacidade de produção de 5 milhões para 9,5 milhões de mudas de cacau mais resistentes a doenças e com alta produtividade, de essências florestais e de fruteiras.
Cerca de 4 milhões de mudas serão distribuídas gratuitamente para o setor de agricultura familiar.
O cacau também foi incluído na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também fará a estimativa de safra do cacau.
No final de 2012, os governos federal e estadual pactuaram maior agilidade na liberação de crédito com os bancos do Brasil e do Nordeste, através da aprovação de projetos para as regiões de Ilhéus (500) e de Gandu (900).
Fonte: Jornal da Tarde
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