Publicado em: 27/11/2025 às 10:40hs
A safra 2025/26 avança em ritmo acelerado pelo Brasil, marcada por um ambiente desafiador que combina incertezas climáticas, custos elevados e necessidade crescente de eficiência agronômica. Nesse contexto, o sucesso do produtor rural dependerá de decisões técnicas assertivas e do uso estratégico de insumos de alta performance, capazes de sustentar a produtividade mesmo diante da irregularidade do clima.
Após duas safras marcadas por instabilidade, o ciclo 2025/26 começa com um padrão climático que exige atenção redobrada. A distribuição irregular das chuvas, as oscilações de temperatura e a alternância entre El Niño e La Niña tornam o manejo inicial das lavouras um fator decisivo.
Nessas condições, o uso de fertilizantes de liberação controlada, tecnologias de solo e soluções que garantem vigor inicial passa a ser fundamental para assegurar uniformidade e estabilidade ao longo do ciclo produtivo.
Além dos fatores climáticos, a conjuntura econômica também impõe desafios. A volatilidade internacional, as flutuações cambiais e o aumento nos custos de insumos agrícolas colocam a escolha de fertilizantes, defensivos e bioinsumos no centro das decisões produtivas.
Cada escolha feita neste momento impacta a eficiência do uso de nutrientes, a saúde do solo e o potencial de produtividade — fatores que ganham ainda mais peso em um cenário de margens mais estreitas.
De acordo com Douglas Vaz-Tostes, gerente técnico nacional da GIROAgro, o desempenho da safra está diretamente ligado à qualidade dos insumos utilizados.
“A escolha correta dos insumos, principalmente dos fertilizantes, define a eficiência de todo o sistema produtivo. Quando o produtor investe em nutrientes adequados, na dose certa e no momento certo, ele reduz perdas, aumenta a rentabilidade e protege o potencial produtivo da cultura”, destaca o especialista.
A fertilidade do solo assume papel central nesta safra. A qualidade da adubação no sulco, a seleção criteriosa das fontes de nutrientes e o uso de tecnologias que aumentam a eficiência agronômica são determinantes para o bom desempenho das lavouras.
A volatilidade dos preços internacionais de ureia, MAP e KCl reforça a necessidade de estratégias que priorizem fertilizantes de alta eficiência, tecnologias de liberação controlada e combinações nutricionais que otimizem a absorção e o aproveitamento dos nutrientes.
Outro destaque da safra 2025/26 é o avanço dos bioinsumos, cuja demanda cresce mais de 20% ao ano. Inoculantes, promotores de crescimento e soluções de proteção biológica têm se tornado ferramentas essenciais para fortalecer o vigor inicial das plantas, aprofundar raízes e aumentar a resistência ao estresse hídrico e a patógenos.
Essas soluções biológicas ganham espaço principalmente em ciclos de alta irregularidade climática, nos quais a resiliência das plantas é fator determinante para o sucesso da produção.
O ambiente de mercado também requer atenção dos produtores. A volatilidade internacional impacta diretamente commodities como soja e milho, tornando indispensáveis estratégias comerciais mais estruturadas, incluindo hedge, contratos antecipados e logística planejada — desde o armazenamento até o transporte.
Regiões com gargalos de infraestrutura precisarão adotar medidas de gestão mais rígidas para evitar perdas e atrasos na comercialização.
Apesar dos desafios, a safra 2025/26 também oferece oportunidades consistentes. O avanço das tecnologias de monitoramento, sensoriamento remoto e agricultura de precisão permite ao produtor tomar decisões mais rápidas, precisas e rentáveis.
A integração entre informação, tecnologia e insumos de alta eficiência potencializa a produtividade, reduz custos e fortalece a sustentabilidade do sistema produtivo.
Para Douglas Vaz-Tostes, o agronegócio brasileiro demonstra mais uma vez sua capacidade de adaptação.
“A agricultura nacional já provou que cresce mesmo em cenários adversos. Na safra 2025/26, o protagonismo do produtor dependerá da soma entre conhecimento técnico, escolhas estratégicas e eficiência no manejo. Quem age com precisão fortalece não apenas a safra atual, mas também o potencial futuro do setor”, conclui o especialista.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias