Análise de Mercado

Queijos Artesanais de Goiás Ganham Reconhecimento Nacional e Internacional

Queijaria suíça em Corumbá de Goiás conquista prêmios e amplia a visibilidade do setor artesanal no Brasil


Publicado em: 17/09/2024 às 12:30hs

Queijos Artesanais de Goiás Ganham Reconhecimento Nacional e Internacional

A produção de queijos artesanais em Goiás está passando por uma transformação notável, destacando-se com a conquista do Selo Arte e do título de Queijo Artesanal, concedidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e inspecionados pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Esses selos atestam a qualidade, originalidade e regionalidade dos produtos e abrem portas para a comercialização em todo o território nacional. Atualmente, cerca de 12 queijarias artesanais goianas estão homologadas e seguem rigorosos padrões de qualidade, produzindo queijos que vêm conquistando paladares exigentes em todo o país.

Um exemplo marcante dessa nova fase é a Queijaria Alpina, localizada em Corumbá de Goiás. A história da Queijaria Alpina começa na década de 1980, quando Stephan Gaehwiler, um suíço apaixonado por pecuária de corte, decidiu se estabelecer no Brasil. Encantado pelo clima e pelas oportunidades no interior de Goiás, Stephan economizou por uma década para adquirir sua propriedade, onde atualmente se dedica à pecuária leiteira com sua família.

Inspirado pela tradição suíça, Stephan decidiu investir em um produto de maior valor agregado. Assim nasceu a Queijaria Alpina, que se estabeleceu na serra goiana. Inicialmente, Stephan enfrentou desafios, incluindo barreiras linguísticas, para buscar as orientações necessárias junto à Agrodefesa e expandir a comercialização de seus queijos para todo o Brasil. Naquele período, o Selo Arte ainda não estava disponível, então optou pelo selo do Serviço de Inspeção Brasileiro (SISBI-POA), concedido pela Agência Goiana.

Atualmente, a Queijaria Alpina produz cerca de 300 litros de leite por dia durante a estação das chuvas, quando o pasto é mais abundante, e reduz para 200 litros diários durante a estiagem. A propriedade não utiliza silagem como alimento complementar, mas o produtor investe na produção de seu próprio feno e no cultivo de cana-de-açúcar para alimentar o gado durante a seca. Clara Gaehwiler, filha de Stephan, destaca a importância dessa prática: “Diariamente moemos a cana para dar às vacas como complemento do volumoso da alimentação.”

Mensalmente, a Queijaria Alpina produz 500 quilos de dois tipos de queijo: raclete e queijo Stephan, um tipo de sbrinz com um ano de maturação. O queijo Stephan, nomeado em homenagem ao seu criador, tem conquistado reconhecimento tanto nacional quanto internacional. No último ano, foi um dos 22 queijos brasileiros premiados em um concurso na Noruega, competindo com mais de três mil queijos de todo o mundo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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