Publicado em: 05/09/2014 às 19:40hs
A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulgou nesta quinta (4) que 70% dos 271 produtos do setor de alimentos que ela pesquisa semanalmente tiveram queda no mês passado.
Com isso, a inflação acumulada dos alimentos recuou 0,43% no período. A inflação média total foi de 0,34%.
Mas nem tudo é queda, e algumas altas vão pesar no orçamento dos consumidores nas próximas semanas. Entre elas, as das carnes.
O bom momento das exportações brasileiras de proteínas e a elevação dos preços externos esquentaram também o mercado interno.
A Fipe registrou alta de 1,4% nos preços da carne suína nos supermercados e nos açougues em agosto, mas a pressão ainda será maior.
Com preços médios de R$ 87 por arroba no mercado paulista, a carne suína acumula elevação de 16% nas granjas em quatro semanas.
A pressão das carnes bovina e de frango --que sobem no campoainda não chegou ao bolso do consumidor, apontam os dados da Fipe. Mas isso deverá ocorrer.
A carne bovina subiu 8% nos últimos 30 dias no campo, enquanto a de frango ficou 11% mais cara.
A boa notícia para o consumidor são os óleos comestíveis, principalmente o de soja. A queda contínua nos preços da oleaginosa e do milho provocou uma desaceleração de 4,2% no setor de óleo nos supermercados.
Essa queda ocorre devido à redução de 13% nos preços atuais da soja, em relação aos valores de há um ano.
O café, após a alta de junho e de julho, reflexo da valorização do produto no mercado externo, começa a cair nos supermercados. O recuo foi de 1,1% em agosto.
Outro alívio para o bolso do consumidor são arroz e feijão, cujos preços médios caíram 4,3% nos supermercados no mês passado.
O reajuste do leite também perde força nos supermercados, enquanto o açúcar tem uma das maiores quedas entre os alimentos: menos 6,3%.
Produção acima da demanda mundial por açúcar provoca queda nos preços dessa commoditiy.
Fonte: Folha de S. Paulo
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