Publicado em: 05/07/2013 às 12:00hs
Para este ano a expectativa é de um consumo bem próximo ao que ocorreu em 2012 haja vista que os preços das commodities não estão tão atrativos quanto da safra anterior. A tendência para a safra 13/14 de grãos, cereais e oleaginosas é de que os produtores porão o pé no freio nos investimentos em insumos, apesar das projeções de aumento de área.
Informações oriundas de outros estados é de que houve boa antecipação de compras por parte dos produtores como é o caso do Mato Grosso onde 60% dos produtores já garantiram os insumos para próxima safra, sendo 40% a vista e 20% no sistema de troca.
Os números de antecipação de compras em Goiás mostram que o volume de compras no primeiro semestre desse ano foram um pouco menores que os observados no mesmo período de 2012, isso em função da quebra de safra de verão que girou em torno de 5% ocasionado por problemas climáticos, bem como por problemas operacionais no plantio da safrinha e uma produtividade aquém do que se esperava.
Diante desses fatores os produtores estiveram mais retraídos nas compras e refazendo contas. Historicamente nota-se a tendência nesse momento de alta dos preços, ainda mais nesse momento onde vemos uma variação cambial muito brusca o que com certeza irá afetar os preços no mercado interno, haja vista que somos grandes importadores.
Segundo a ANDA a quantidade de fertilizantes entregues até maio está 3% maior comparado ao ano passado. A produção nacional cresceu 3,1% e as importações de matéria prima cresceram 31,5%, mostrando o esvaziamento dos estoques na safra anterior que foi de consumo recorde no país.
Os preços dos fertilizantes variaram muito pouco no comparativo de abril e maio onde houve queda de pouco mais de 1%. Tanto os formulados quanto os elementos simples caíram 1% em maio e fechamento médio de preços foi de R$ 1.209,54 a tonelada, 4,5% mais barato comparado ao preço médio de maio de 2012.
Como já dito anteriormente, desta vez os fertilizantes não estão sendo os grandes vilões do aumento dos custos de produção, porém, estes estão em curva ascendente em função de fatores como aumento de gastos com mão de obra (subiu 25%), óleo diesel (subiu 17% no acumulado), preço do arrendamento, aumento de 40% nos custos com frete, além dos problemas recentes com pragas.
Enquanto os preços médios verificados até agora, registraram 13% positivos para soja e 19% positivos para o milho, os custos totais de produção aumentaram 21,9% e 22,6% respectivamente quando comparados às médias do ano anterior no período, logo se dá uma idéia enganosa de lucratividade.
No mercado internacional a variação percentual sinaliza queda nos preços devido ao arrefecimento da demanda mundial, porém, já projeta preços maiores para o final do ano. Os preços caíram em 17% em média quando comparados a maio de 2012 com destaque para quedas acentuadas dos nitrogenados. Em relação a abril o preço médio da tonelada de matéria prima no mercado externo foi 5% menor fechando em US$ 359,26 a tonelada.
Nas relações de troca o destaque do mês de maio foi o milho com alta de quase de 15,65% e necessitou de 62,4 sacas para a aquisição de uma tonelada de fertilizante, isso pela queda no preço do produto agrícola (-14,8%) no referido mês.
Outro destaque foi o arroz que necessitou de 27,7 sacas para aquisição de uma tonelada de fertilizante (16,4% menos que o verificado em abril) isso graças à valorização no preço de médio de maio em quase 20%.
Com o período de safra se aproximando há nesse momento enorme demanda por créditos do Plano Agrícola Pecuário - PAP - anunciados recentemente, sendo um volume de recursos liberados da ordem de R$ 136 bilhões (97,6 bilhões para custeio e comercialização e 38,4 bilhões para investimento) e nos atuais patamares de custos de produção esse numerário não é tão recorde assim.
Outra questão não é somente o crédito em si, mas a liberação do mesmo para estar na mão do produtor para as aquisições e investimentos devidos. Como sempre a principal orientação é antecipar ao máximo as compras de insumos para a próxima safra.
Fonte: Principais revendas de Fertilizantes em Goiás - preços médios
Elaboração: GETEC/FAEG
Fonte: FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás
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