Publicado em: 05/09/2013 às 14:30hs
Praticado localmente no valor médio de R$ 2,03, com a queda, o combustível poderá ser encontrado abaixo dos R$ 2 na maioria das bombas. Com isso, o custo do álcool deverá representar menos de 67% do preço atual da gasolina, que é entre R$ 3,02 e R$ 3,07.
A redução prevista do etanol, explica o secretário-executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Ferreira Campos Filho, é uma margem de trabalho pautada pela diminuição do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), base de cálculo usado para recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), desde o dia 1º de setembro. Conforme publicação no “Diário Oficial da União” em agosto, o índice caiu de R$ R$ 2,17 para R$ 2,11, enquanto o marcador para gasolina alterou de R$ 2,97 para R$ 2,99.
“Com essa e outras condições atraentes [tributos PIS e Cofins zerados], demorou, mas estamos presenciando, desde o último mês, um aumento de consumo de etanol gradativo que deve se manter até o fim do ano [quando a safra de cana-de-açúcar se encerra]”, disse Campos Filho. Segundo ele, essa nova circunstância demandou uma saída entre 15% e 20% a mais do combustível das usinas do que o visto em anos passado.
Nos postos da cidade, conforme o vice-diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Marcelo Alcântara, o índice de aumento de consumo do álcool também chega a 20% ou mais. “Por exemplo, um estabelecimento que vendia 500 litros por dia, hoje, já vende 600 para mais”, afirmou. Quanto à redução prevista, Alcântara diz que os estabelecimentos locais somente estão esperando o repasse da margem que o PMPF deu às usinas e distribuidoras para mudarem seus preços nas placas informativas.
Em um mês, preço do litro do etanol teve queda em 19 estados do país
Em um mês, os preços do etanol nos postos de combustíveis do Brasil caíram em 19 estados, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar disso, o derivado de cana-de-açúcar continua competitivo, conforme a pesquisa, em Goiás, Mato Grosso, no Paraná e São Paulo, além de Minas Gerais.
O estudo mostra que preço em Goiás equivale a 65,06% do da gasolina. Em Mato Grosso, a relação está em 65,63%, no Paraná, em 66,70%, e, e em São Paulo, em 64,06%. Essa relação fica entre 69% e 70% em Minas.
Em termos de preços, no país, o valor mínimo registrado para o etanol foi de R$ 1,25 o litro no Estado de São Paulo e o máximo de R$ 3,02 o litro no Rio Grande do Sul.
Gasolina
Aqueles que não têm carros flex ou exclusivamente a álcool e dependem da gasolina devem continuar pagando valores nos mesmos patamares vistos recentemente no derivado do petróleo. Ainda ontem, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou que o governo não cogita um reajuste da gasolina atualmente. Isso porque a Petrobras tem o papel de tentar equiparar os preços praticados aqui aos padrões internacionais para não comprometer os investimentos da empresa.
Fonte: Correio de Uberlândia
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