Publicado em: 04/09/2025 às 18:20hs
Os produtores paranaenses já iniciaram o plantio da safra de verão 2025/26, com destaque para o milho e a batata, de acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral). Até o momento, foram semeados aproximadamente 29 mil hectares de milho, o que representa 9% da área total prevista de 314 mil hectares.
A região de Ponta Grossa concentra a maior parte desse avanço, com 21 mil hectares plantados, equivalente a 23% da área estadual destinada ao milho (72,2 mil hectares). Em seguida vem Guarapuava, com 15% da área, o que corresponde a 47,6 mil hectares. A estimativa é de 3,2 milhões de toneladas colhidas neste primeiro ciclo.
A batata de primeira safra já ocupa 3,5 mil hectares (22%) da área total estimada de 16,3 mil hectares. O percentual, porém, é inferior ao registrado no mesmo período de 2024, quando o plantio já havia atingido 35%. A condição mais firme do solo, resultado da seca, retardou a semeadura.
As principais regiões produtoras são Curitiba (39%), Guarapuava (23%) e Ponta Grossa (13%). A previsão é de 517,1 mil toneladas, volume 11% menor do que as 584,2 mil toneladas colhidas em 2024.
A soja, após o vazio sanitário, está autorizada a ser plantada, mas por enquanto apenas em algumas regiões. O plantio emergente ocorre na Região 2, que inclui Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste. Nas demais áreas, a liberação deve ocorrer ao longo de setembro.
A expectativa para o tabaco é de uma área plantada de 85,3 mil hectares, a maior já registrada no Paraná. A cultura, fundamental para a renda de pequenas propriedades, sobretudo no Sudeste do estado, pode alcançar 217,5 mil toneladas na safra, superando o recorde anterior de 195,1 mil toneladas.
Entre janeiro e julho de 2025, as exportações brasileiras de frango somaram US$ 5,472 bilhões, alta de 0,9% em relação a 2024. Em volume, houve retração de 2,3%, caindo de 2,975 milhões para 2,906 milhões de toneladas.
No Paraná, maior exportador do país, a queda foi mais acentuada: -5,7% em volume, de 1,262 milhão para 1,189 milhão de toneladas. A arrecadação também caiu 4%, passando de US$ 2,272 bilhões para US$ 2,181 bilhões. O recuo é atribuído, principalmente, aos embargos internacionais após o registro de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul em maio.
No mercado pecuário, a arroba bovina valorizou 5,49% em agosto, fechando o mês a R$ 310,50, segundo o Cepea/Esalq-USP. A baixa oferta de animais sustentou a alta nos preços.
As exportações seguem firmes, com recorde de 310 mil toneladas de carne bovina embarcadas em julho. No mercado interno, os consumidores sentiram aumento nos preços da maioria dos cortes. Apenas a alcatra sem osso caiu de R$ 53,45 para R$ 52,50/kg e o contrafilé com osso de R$ 45,88 para R$ 43,37/kg. Os demais cortes tiveram alta entre 1,7% e 4,3%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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