Publicado em: 03/10/2024 às 09:30hs
O Grande Oeste de Santa Catarina é responsável por 7% da produção de leite em todo o Brasil, conforme dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgados em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma produção anual de 2,4 bilhões de litros, a região ocupa a segunda posição no ranking nacional, ficando atrás apenas do Noroeste do Rio Grande do Sul, que lidera com 2,7 bilhões de litros.
A posição do Oeste catarinense se manteve inalterada desde 2021, mesmo após dois anos consecutivos de queda na produção leiteira. Em 2023, a região apresentou um crescimento próximo à média nacional, com um aumento de 2% na produção de leite, superando inclusive o crescimento no número de vacas ordenhadas.
Segundo a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), essa retomada se deve ao aumento da produtividade. "Esse é um resultado muito positivo, especialmente considerando que a produção de leite é uma importante fonte de renda no Grande Oeste, composto em grande parte por pequenos agricultores. Com investimentos em pastagens de melhor qualidade, a produção poderia crescer ainda mais", avalia Lenoir Broch, diretor de Agronegócio e Ferrovias da FACISC.
Milvo Zancanaro, diretor do programa Voz Única da FACISC, acrescenta que a organização dos produtores em cooperativas tem sido um fator chave para o sucesso da agricultura familiar na região, fortalecendo não só o setor leiteiro, mas também outros segmentos agrícolas. Entre os municípios que se destacam na produção de leite estão Concórdia, Guaraciaba, Itapiranga, São João do Oeste, São José do Cedro, Iporã do Oeste e Tunápolis.
Os dados da PPM, analisados pelo Centro de Inteligência e Estratégia da FACISC, são fundamentais para a compreensão da dinâmica do agronegócio no Brasil. A pesquisa abrange informações sobre rebanhos, produção de leite, ovos, mel, lã e piscicultura, e é divulgada em nível nacional, estadual e municipal.
Fonte: Portal do Agronegócio
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