Análise de Mercado

No mundo, América do Sul deverá ter a menor alta de exportações

O Brasil ganhou uma posição no ranking dos exportadores mundiais em 2020, mas será afetado neste ano pela covid-19 e também pelo impacto da pandemia em países para os quais vende commodities, avalia a OMC


Publicado em: 08/04/2021 às 18:00hs

No mundo, América do Sul deverá ter a menor alta de exportações

“A capacidade do Brasil se fragilizou com a dificuldade de outros países para os quais exporta muitas commodities”, respondeu ao Valor o economista-chefe Robert Koopman. “As exportações agrícolas melhoraram globalmente no ano passado, mas as exportações de outros produtos para manufaturados diminuíram. Há recuperação, mas não como antes.”

Para este ano, a OMC projeta para a América do Sul o crescimento mais fraco das exportações, entre todas as regiões. Devem crescer apenas 3,2%, abaixo dos 5,4% estimados em outubro. No ano passado, as exportações caíram 4,5% - a projeção era de queda de 7,2%. Na região, o Brasil tem o peso maior.

Para Coleman Nee, um dos autores das projeções da OMC, a retomada fraca das exportações sul-americanas neste ano tem a ver com a menor demanda global por produtos de energia.

No ano passado, o Brasil saiu-se melhor que esperado no comércio e ganhou uma posição, para 26ª, entre os maiores exportadores.

Em meio à recessão, o país perdeu uma posição e ficou em 29º no ranking dos maiores importadores de mercadorias, com queda de 10% nas compras. A fatia brasileira nas importações globais caiu para 0,9%, ante 1,0% no ano anterior.

No comércio de serviços, o Brasil melhorou uma posição, para 23ª, como importador, com 1% do total global, apesar de ter comprado 31% a menos em 2020. Já na venda de serviços, o país não aparece entre os principais. Exportou US$ 28 bilhões, ou 0,7% do total mundial, com queda de 17%.

Fonte: AviSite

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