Publicado em: 01/03/2013 às 18:30hs
Estudo realizado pelo Credit Suisse que analisou a origem de recursos externos para fusões e aquisições no Brasil revelou que os US$ 21,5 bilhões investidos pela China nesse tipo de transação entre 2009 e 2012 foram concentrados em apenas 16 negócios.
Os Estados Unidos (que aparecem logo atrás da China com US$ 20,8 bilhões investidos) realizaram 117 operações desse tipo.
Os investimentos chineses também têm sido concentrados em poucos setores.
Mais de 77% das operações de fusões e aquisição com capital chinês ocorreram no segmento de extração de petróleo e gás natural, de acordo com o levantamento do Credit Suisse.
Em segundo e terceiro lugares, estão metalurgia (10,1%) e eletricidade, gás e outras utilidades (9,5%).
Segundo Nilson Teixeira, economista-chefe do Credit Suisse, a diferença entre os perfis de investimento da China e dos EUA é explicada pelos seus distintos estágios de desenvolvimento:
"A China ainda não tem uma cultura de inserção global tão consolidada como os Estados Unidos. É normal que os investimentos no exterior ainda sejam feitos por poucas empresas grandes".
A maior diversificação da origem de recursos para investimentos no Brasil (principalmente com a emergência da China) reduz o risco de queda brusca desse fluxo para o país, segundo analistas.
Teixeira acredita que o fluxo total de IED para o Brasil continuará alto nos próximos dois anos e cobrirá o crescente deficit que o país tem registrado em suas operações externas com outros países (Folha de S.Paulo, 1/3/13)
Importadores de máquinas esperam retomar nível de 2011
Após registrar, em 2012, uma queda de 20% sobre o ano anterior, com uma movimentação de cerca de US$ 2 bilhões, os importadores de máquinas e equipamentos industriais esperam expansão de 10% a 20% nos negócios neste ano, conforme o tipo de mercadoria desembarcada.
O resultado do ano passado colocou a atividade no mesmo patamar negociado em 2007, de acordo com dados da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais).
"Como o ano passado foi ruim para o setor de bens de capital, tanto nacionais como importados, reflexo das indefinições da economia, é consenso que 2013 dificilmente irá tão mal. Esperamos voltar aos níveis de 2011", afirma o presidente da associação, Ennio Crispino.
"Não temos o otimismo de que podemos retomar um boom", acrescenta.
Equipamentos aplicáveis na indústria automobilística e de petróleo e gás devem se destacar durante o ano, segundo Crispino.
"O setor depende muito dessa indústria e, com o regime automotivo, montadoras passaram a considerar fabricar no Brasil. Isso traz expectativas de compras de máquinas e equipamentos", diz.
"Com a alta da demanda, o preço do equipamento nacional fica menos competitivo. Assim, os empresários, especialmente da indústria de autopeças, consideram a possibilidade de comprar equipamento importado", afirma o presidente da entidade.
Fonte: Folha de S. Paulo
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