Publicado em: 05/05/2025 às 09:30hs
O agronegócio brasileiro e mundial passa por transformações profundas, e uma das mais significativas tem sido a ascensão das mulheres como protagonistas no meio rural. Segundo análise de José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), as mulheres têm assumido papéis de liderança e gestão em diversas etapas da cadeia produtiva, além de operar maquinários agrícolas com excelência. Este movimento não apenas redefine a estrutura do campo, mas também contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais.
Durante muitos anos, o meio rural foi caracterizado pela divisão de tarefas e pela predominância masculina nas atividades produtivas. No entanto, a realidade atual é outra. As mulheres rurais têm demonstrado uma notável capacidade de adaptação, inovação e liderança, conquistando seu espaço com competência e determinação. O acesso crescente à educação e à formação técnica tem ampliado as oportunidades para que as mulheres desempenhem funções mais estratégicas no agronegócio, fortalecendo a sustentabilidade e a inovação no setor.
A qualificação técnica tem sido um dos principais pilares dessa transformação. Programas de treinamento voltados para o público feminino têm proporcionado novas oportunidades, permitindo que as mulheres operem maquinários agrícolas, realizem a manutenção de equipamentos, dominem técnicas de inseminação artificial e liderem projetos de gestão e inovação nas propriedades. Essa capacitação contribui para aumentar a autonomia, autoestima e a capacidade de tomada de decisão das mulheres no campo.
À medida que as mulheres se apropriam do conhecimento técnico, fica claro que a modernização do agronegócio depende da inclusão de diversas habilidades e perspectivas. Sua presença em atividades operacionais, antes predominantemente masculinas, desafia os estereótipos de gênero e demonstra que competência não tem sexo. Além disso, as mulheres rurais trazem uma abordagem mais humanizada à gestão, focando na sustentabilidade e inovação, elementos essenciais para um futuro agrícola mais equilibrado e consciente.
O fortalecimento da presença feminina no campo também gera uma transformação cultural significativa. Com sua ascensão, as mulheres rompem estereótipos, inspiram novas gerações e contribuem para a construção de um campo mais inclusivo, diverso e cheio de possibilidades. A mulher rural contemporânea é, assim, uma verdadeira agente de mudanças sociais, econômicas e ambientais, promovendo uma nova visão sobre o desenvolvimento rural.
Reconhecer e apoiar a presença feminina no agronegócio é fundamental. O Senar, vinculado à Faesc, tem intensificado os investimentos em programas de formação e qualificação, promovendo políticas públicas inclusivas e fortalecendo redes de apoio. As mulheres do campo não devem ser apenas participantes do futuro do agronegócio, mas líderes, trazendo sua visão de sustentabilidade, inovação e justiça social.
É essencial que a sociedade contemporânea reconheça as mulheres rurais como protagonistas de um novo tempo, no qual a força produtiva se alia à sabedoria, sensibilidade e capacidade de adaptação. Cada conquista feminina no meio rural é uma vitória para toda a sociedade, evidenciando que a verdadeira transformação ocorre quando oportunidades são criadas e talentos são plenamente reconhecidos.
Hoje, a mulher rural não é mais coadjuvante: ela é protagonista da nova agropecuária brasileira, sendo fundamental para a construção de um campo mais próspero, justo e sustentável para todos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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