Publicado em: 16/06/2025 às 11:12hs
A TF Agroeconômica recomenda que produtores de milho acompanhem de perto o mercado futuro e os gráficos de preços para realizar vendas nos momentos de maior rentabilidade, evitando períodos de baixa que podem resultar em prejuízo. A consultoria alerta que conflitos geopolíticos, como a guerra no Oriente Médio, têm potencial para gerar picos temporários de alta nos preços. O Irã, segundo maior comprador do milho brasileiro, é um exemplo que pode influenciar esses movimentos. Porém, assim como ocorreu com o trigo durante a guerra entre Rússia e Ucrânia, essas oscilações tendem a ser passageiras. Por isso, o ideal é aproveitar esses momentos para garantir margens acima do custo de produção.
Entre os elementos que pressionam os preços para cima, destacam-se:
Por outro lado, existem fatores que podem exercer pressão baixista, exigindo cautela dos produtores:
Diante desse cenário, a orientação é seguir com vendas estratégicas e planejadas, para mitigar riscos e aproveitar as oportunidades de alta.
Na última sexta-feira (13), o mercado de milho na B3 encerrou em leve alta, influenciado pela expectativa de maior demanda por etanol, devido às tensões no Oriente Médio. Apesar dessa alta pontual, o acumulado semanal foi negativo. A estabilidade do dólar contribuiu para que a bolsa brasileira acompanhasse o movimento de alta registrado em Chicago. No mercado físico nacional, o milho se manteve praticamente estável no dia, mas com queda semanal de 2,76%, equivalente a R$ 1,96 por saca.
Os contratos futuros na B3 fecharam com leves ganhos: o vencimento de julho/25 terminou em R$ 63,29, alta diária de R$ 0,19, mas queda semanal de R$ 1,31. O contrato de setembro/25 fechou em R$ 67,95, também com alta diária de R$ 0,19 e queda semanal de R$ 0,95. A expectativa é que a demanda por etanol continue sustentando os preços do milho, devido ao crescimento do uso do grão na produção de biocombustíveis no Brasil.
No mercado internacional, o milho negociado na Bolsa de Chicago também fechou em alta, impulsionado pelo relatório WASDE e pela valorização de outros grãos. O contrato de julho, referência para a safra de verão brasileira, subiu 1,37% (US$ 6,00 cents/bushel), fechando a US$ 444,50. O contrato de setembro, que serve de referência para a safrinha, avançou 0,53% (US$ 2,25 cents/bushel), encerrando a US$ 428,50.
Apesar da alta diária, o balanço semanal foi misto: o contrato de julho teve alta de 0,45% (US$ 2,00 cents/bushel), enquanto o de setembro recuou 1,10% (US$ 4,75 cents/bushel). O mercado segue atento aos desdobramentos geopolíticos e às possíveis limitações no uso de biocombustíveis nos EUA, fatores que poderão influenciar os preços nos próximos dias.
O momento exige cautela dos produtores, que devem agir com planejamento e aproveitar as oportunidades para garantir margens favoráveis, ao mesmo tempo em que monitoram as incertezas globais e domésticas que podem impactar o mercado do milho.
Fonte: Portal do Agronegócio
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