Publicado em: 29/08/2013 às 14:50hs
- Ao monitorar o preço na bomba, a gente já sente redução de preços. O etanol já é paritário com a gasolina, naquela regrinha em que vale a pena quando custa 70% (do litro da gasolina) em mais de 70% do mercado. Isso significa que em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, assim como parte do triângulo mineiro e do Mato Grosso estão na paridade. Eu considero esse um bom resultado, embora eu reconheça que o preço do etanol acaba “topado” no preço da gasolina. Se eu tenho uma frota que é flex, eu posso optar por colocar gasolina, etanol ou mistura dos dois.
Além do etanol, também a produção nacional de biodiesel acaba colaborando com a redução nas importações da gasolina, segundo Magda, em valor de US$ 2,5 bilhões. A redução da importação do combustível alivia o caixa da Petrobras, que teria de comprar esse derivado de petróleo no exterior e revendê-lo a preço menor no país.
- Não fosse o etanol hoje, teríamos que importar muito mais gasolina. Qualquer combustível ajuda. Além de tudo, eu acho que o etanol está fazendo um grande trabalho.
Reajuste da gasolina pode ser adiado
Os números da ANP confirmam reportagem publicada pelo GLOBO no sábado, que indicava o sucesso da produção de etanol no Brasil neste ano como fator que colabora com a prorrogação do aumento da gasolina nas bombas.
Outra eportagem, publicada no site do GLOBO nesta terça-feira, mostrou que, de acordo com dados da agência reguladora, em apenas três anos, as importações de gasolina somaram US$ 4,9 bilhões (R$ 10 bilhões). Em 2009, as compras externas ficaram zeradas; no ano passado, foram recorde, chegando a 3,8 bilhões de litros (o equivalente a US$ 3 bilhões, ou cerca de R$ 6 bilhões).
Segundo especialistas, a política do governo de segurar os reajustes da gasolina nos últimos anos tornou o etanol menos atraente para os motoristas e inibiu investimentos no refino de petróleo, que cresceu dez vezes menos que a produção e o consumo, também segundo dados da ANP.
Fonte: O Globo
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