Publicado em: 16/10/2025 às 13:00hs
O 10º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), que será realizado nos dias 22 e 23 de outubro de 2025, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), traz como destaque a mesa-redonda “Da semente à pós-colheita: a revolução disruptiva dos insumos do setor”. O debate abordará avanços em bioinsumos, sementes com edição gênica e nutrição de solos e plantas, analisando os impactos desses desenvolvimentos na saúde humana, ambiental e social.
Entre os participantes estão Carminha Gatto, sócia-fundadora da Sementes Oilema; Josi Andrade, diretora regional de Originação da Cargill; Léa Vargas Mayor, vice-presidente de Breeding da Bayer América Latina; e Ricardo Tortorella, diretor-executivo da ANDA. A mediação será feita por Amália Borsari, diretora de Bioinsumos da CropLife Brasil.
Segundo Carminha Gatto, os últimos dez anos marcaram uma transformação no sistema agroalimentar brasileiro, com impactos positivos em produtividade, sustentabilidade e segurança alimentar.
“Os bioinsumos e biofertilizantes, aliados às práticas conservacionistas, aumentam a produtividade e protegem recursos naturais, garantindo alimentos mais seguros para uma população crescente”, destacou.
Ela reforça que o desafio atual é democratizar o acesso a essas tecnologias, garantindo formação contínua para produtores de todos os portes e promovendo ações em educação, capacitação técnica, governança e valorização social.
Para Josi Andrade, o uso de bioinsumos representa um avanço nos padrões de sustentabilidade, tanto na agricultura familiar quanto em grandes operações. Além de proteger a saúde do solo, essas tecnologias ajudam a reduzir a pegada de carbono e aumentam a eficiência produtiva.
A executiva destaca ainda o papel da edição gênica no desenvolvimento de culturas mais resilientes a estresses climáticos e pragas, permitindo uma agricultura mais eficiente e adaptada a diferentes condições ambientais. Segundo Andrade, a liderança feminina agrega um olhar estratégico sobre nutrição e qualidade dos alimentos, reforçando a importância da presença das mulheres no agro.
Léa Vargas Mayor lembra que o Brasil alimenta cerca de 800 milhões de pessoas e deve encerrar 2025 com a maior safra da história, superior a 353,8 milhões de toneladas. Ela destaca que o desenvolvimento de sementes adaptadas às diversas regiões do país, aliado a soluções biológicas, proporciona ganhos de produtividade, proteção à biodiversidade e manejo de resistência.
Segundo a executiva, essas tecnologias são fundamentais para enfrentar desafios como pragas, doenças e mudanças climáticas, atendendo à demanda global por alimentos e fortalecendo a agricultura sustentável.
A moderadora Amália Borsari enfatiza que os avanços em genômica e bioinsumos exigem investimentos robustos em pesquisa, inovação e parcerias estratégicas, acelerando a chegada de novas tecnologias ao campo.
“Universidades, escolas técnicas e programas de capacitação precisam integrar biologia, agricultura regenerativa e inovação digital, formando profissionais capazes de transformar conhecimento em soluções aplicáveis”, afirmou.
Ela reforça a importância do diálogo entre indústria, governo e sociedade civil para garantir segurança jurídica e incentivar investimentos de longo prazo.
Tanto Carminha Gatto quanto Josi Andrade destacam o protagonismo feminino como diferencial no agro brasileiro. Mulheres desempenham um papel central na gestão rural, inovação e sustentabilidade, trazendo olhares diferenciados sobre nutrição, tecnologia e impacto social.
“Ampliar o debate sobre novas biotecnologias com participação feminina fortalece a formação de cientistas, agrônomas e empreendedoras, garantindo um agro mais resiliente, sustentável e diverso”, concluiu Gatto.
A expectativa é reunir mais de 3 mil congressistas nesta edição especial do CNMA. As inscrições estão disponíveis com lote promocional para participantes interessados.
Fonte: Portal do Agronegócio
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