Publicado em: 14/08/2025 às 19:20hs
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em julho a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2025, que deve atingir 340,5 milhões de toneladas, um aumento de 16,3% em relação a 2024 (292,7 milhões de toneladas). Em comparação a junho, a produção cresceu 2,1%, com acréscimo de 7,1 milhões de toneladas. A área a ser colhida é de 81,2 milhões de hectares, 2,7% maior que em 2024 e 0,1% acima da estimativa de junho.
O arroz, o milho e a soja representam 92,7% da produção estimada e 88% da área a ser colhida. Em relação a 2024, houve aumento na área plantada de algodão herbáceo (+5,6%), arroz (+11,4%), soja (+3,3%), milho (+3,5%) e sorgo (+10,9%), enquanto feijão e trigo registraram queda de 6,1% e 18,2%, respectivamente.
Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos, com 32,4% de participação, seguido por Paraná (13,4%), Goiás (11,4%), Rio Grande do Sul (9,5%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Minas Gerais (5,6%). Em termos de regiões: Centro-Oeste (51,5%), Sul (25,1%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,3%).
Em julho, comparado a junho, as maiores altas nas estimativas de produção ocorreram em Mato Grosso (+5,5 milhões t), Minas Gerais (+561,8 mil t), Paraná (+479,7 mil t) e Santa Catarina (+245,2 mil t). Declínios foram registrados no Rio Grande do Sul (-101,5 mil t), Paraíba (-76,9 mil t) e Ceará (-59,5 mil t).
O aumento das estimativas está ligado ao clima favorável em diversas regiões, que beneficiou o rendimento médio das culturas, especialmente soja, milho e algodão. A recuperação do milho em 2025 se destaca após problemas climáticos em 2024, e a soja alcança novo recorde histórico, apesar de áreas com queda de produtividade no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
A projeção do IBGE aponta para uma safra nacional histórica em 2025, com crescimento expressivo na produção e produtividade, destacando a importância de fatores climáticos favoráveis e expansão da área plantada. O resultado reafirma o Brasil como um dos maiores produtores mundiais de grãos e oleaginosas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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