Publicado em: 18/09/2018 às 15:40hs
Em 2003, a Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, abordou pela primeira vez o tema de ações coletivas. Na época, a equipe buscou entender como o setor hortifrutícola estava organizado. Foi verificado que poucas eram as instituições atuantes e consolidadas e que havia necessidade de fortalecimento dessas organizações – o que aconteceu apenas para as mais estruturadas, que tinham maior participação e interesse dos integrantes.
Passados 15 anos, o assunto volta neste mês à revista e o que se observa é que esse segmento, em geral, ainda precisa se integrar mais, mesmo com o fortalecimento de muitas ações regionais nesse período.
Pesquisa realizada pela Hortifruti Brasil em 2018 mostra que 61% dos leitores se mostram organizados de forma coletiva no setor, enquanto que, em agosto de 2003, 59% declaravam fazer parte de alguma organização. No geral, a maior diferença entre o século passado em termos de organização e o início deste é que o modelo passou a ser descentralizado e, portanto, regionalizado e focado nos interesses dos produtores e exportadores locais. Contudo, benefícios mais amplos no Brasil, como pesquisa, crédito e industrialização, acabam perdendo força com a regionalização das organizações.
Nota-se que o setor de frutas e hortaliças ainda carece de um poder centralizador efetivo para facilitar a coordenação entre as organizações regionais de produtores/comerciantes e representar os interesses econômicos perante ao governo nacional. E um dos princípios expostos na matéria para se ter uma organização bem-sucedida é ampliar a representatividade por meio de agrupamento das ações coletivas – ou seja, as de menor porte podem se unir a outras para viabilizar projetos de maior escala.
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Fonte: CEPEA
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