Publicado em: 02/08/2018 às 19:40hs
De acordo com o USDA, várias culturas foram influenciadas negativamente de forma direta pela greve e, principalmente, pelo tabelamento do frete rodoviário.
"A política de taxa do frete mínimo implementada após a greve dos caminhoneiros fez com que os custos de transporte subissem, o que resultou em uma desaceleração do comércio de sementes oleaginosas", relata o texto.
Segundo o Departamento, a paralisação deve afetar de forma negativa as exportações no ano de 2018, principalmente na região Centro-Oeste. Isso porque a falta de um plano logístico que inclua meios de transporte ferroviário e fluvial no Brasil acaba deixando os produtores reféns do tráfego rodoviário, o que dificulta o trânsito de cargas para os portos.
"A política de taxa de frete mínimo fez com que o transporte de culturas agrícolas se tornasse substancialmente mais caro. A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) estimou que a política está aumentando as taxas de frete em 50% a 150% no país, com as regiões agrícolas mais potentes do Brasil sendo as mais atingidas", diz o relatório.
Nesse cenário, a diminuição da exportação causaria um aumento dos estoques de grãos brasileiros, já que o milho será colhido e os armazéns ainda estão cheios de soja.
Além disso, o setor avícola do Brasil também foi prejudicado, pois a greve parou o fornecimento de ração para os aviários por cerca de 10 dias, o que fez com que várias aves morressem ou não se alimentassem o suficiente.
Fonte: Agrolink
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