O governo brasileiro calcula que cerca de 35,9% do valor das exportações destinadas aos Estados Unidos serão atingidas por uma tarifa de 50%, conforme medidas anunciadas pela administração do então presidente Donald Trump na quarta-feira. A informação foi divulgada por duas fontes próximas ao assunto, em entrevista à Reuters, sob condição de anonimato.

Setores isentos e tarifas existentes

Apesar da tarifa pesada, o governo americano excluiu da alíquota de 50% alguns setores estratégicos, como aeronaves, energia e suco de laranja. Além disso, 44,6% das exportações brasileiras para os EUA continuam sujeitas à tarifa pré-existente de 10%. Outros 19,5% se enquadram nas tarifas globais aplicadas pelos Estados Unidos, que variam entre 25% e 50%.

Negociações em andamento

Segundo uma das fontes, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), responsável pelas negociações com os EUA, pretende continuar as tratativas para tentar reverter ou mitigar a aplicação da tarifa mais alta sobre esses 35,9% das exportações brasileiras.

Divulgação oficial e posição do MDIC

O MDIC deve divulgar os números oficiais ainda nesta quinta-feira. Até o momento, o ministério não se posicionou oficialmente sobre o tema, não tendo respondido aos pedidos de comentário.