Publicado em: 24/06/2025 às 10:55hs
O monitoramento diário realizado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou nesta segunda-feira (23) um aumento nas defasagens de preços da gasolina e do diesel no Brasil em relação ao Preço de Paridade de Importação (PPI).
Segundo o relatório, a gasolina comercializada nas principais refinarias do país apresentava uma defasagem média de 9% (-R$ 0,24 por litro), enquanto o diesel registrava uma defasagem ainda maior, de 18% (-R$ 0,58 por litro).
Na última sexta-feira (20), essas defasagens estavam em 7% (-R$ 0,19) para a gasolina e 17% (-R$ 0,56) para o diesel.
De acordo com a Abicom, a elevação das defasagens ocorre mesmo com o câmbio relativamente estável. O motivo é a valorização dos preços internacionais da gasolina e, principalmente, do óleo diesel, que continuam elevados no fechamento do mercado da última sessão.
A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, encerrou a sexta-feira (20) em R$ 5,51, o que pressiona os preços dos produtos importados. Além disso, a oferta restrita de petróleo no mercado global continua a influenciar os contratos futuros da commodity, com o Brent sendo negociado acima de US$ 78 por barril na manhã desta segunda-feira.
Nos polos operados pela Petrobras, a Abicom indicou que os preços também estão abaixo do PPI:
Esses percentuais estão praticamente em linha com os registrados na sexta-feira (20), quando a defasagem era de -8% (-R$ 0,21) para a gasolina e -19% (-R$ 0,60) para o diesel.
O cálculo do PPI utilizado pela Abicom é realizado em parceria com a consultoria StoneX Brasil, levando em conta:
A defasagem atual é observada 49 dias após a Petrobras reduzir em média R$ 0,16/litro o preço do diesel S10 (em 6 de maio) e 21 dias após o corte médio de R$ 0,17/litro na gasolina (em 3 de junho).
Na última quarta-feira (18), a Acelen, que opera a refinaria de Mataripe no Polo Aratu-BA, anunciou:
Mesmo com esses ajustes, os preços médios dos dois combustíveis permanecem abaixo da paridade de importação em todos os polos analisados.
Por fim, a Abicom destaca que as defasagens apresentadas em seus relatórios são baseadas em dados de mercado internacional e não consideram o óleo diesel importado da Rússia, que pode chegar ao Brasil com descontos variáveis.
A associação também observa que os estoques atuais de combustíveis podem estar baseados em custos diferentes, influenciando o valor final praticado pelas refinarias.
Fonte: Portal do Agronegócio
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