Ontem, 16, como resultado de uma oferta crescente e de uma demanda decrescente (típica de toda segunda quinzena), o frango vivo comercializado no interior de São Paulo sofreu nova e consecutiva baixa de cinco centavos, sendo comercializado por R$2,90/kg, o que significa que perdeu mais de 3% de seu melhor preço (R$3,00/kg) em apenas dois dias. Mesmo assim, permanece com uma valorização de 16% sobre idêntico dia do ano passado.

Como, em Minas Gerais, a cotação da ave viva continuou inalterada (R$2,80/kg, valor que prevalece desde o final de setembro, há mais de três semanas), um dos efeitos da nova baixa paulista foi a redução da diferença de preços entre as duas praças e que, fato raro, continua privilegiando o frango vivo de São Paulo.

Para melhor entendimento, é preciso explicar que – tradicional e quase invariavelmente – o frango vivo de Minas Gerais obtém cotação maior que a de São Paulo. Neste ano, por exemplo, a diferença média a favor do frango vivo mineiro ficou em cerca de dez centavos.

Mesmo isso, porém, prevaleceu até os primeiros dias de setembro. Porque, nos últimos 45-47 dias a situação se inverteu e, desde então, o frango vivo de São Paulo vem registrando um adicional médio de 12 centavos em relação ao de Minas Gerais. Mas essa diferença chegou a 20 centavos nas últimas duas semanas, estando agora reduzida a 10 centavos.

Considerada a atual fragilidade do mercado, parece lógico, à primeira vista, contar com uma redução ainda maior dessa diferença. O mais provável, no entanto, é que ela se mantenha, pois prevalece a tendência de recuo de preços em ambas as praças.