As perdas próximas de 12% registradas nas duas últimas semanas, por exemplo, deixam a impressão de que o frango vivo vem sendo prejudicado em detrimento do frango abatido, o que na verdade não ocorre: os recuos de preço têm sido similares.

Para demonstrar, tome-se como base os preços do frango vivo e do abatido no início de 2013. Desde então, nem um nem outro conseguiu superar o primeiro preço do ano. Mas na média desse período (são quase 43 semanas, cerca de 300 dias) ambos registram praticamente o mesmo índice de evolução de preços, com diferença pouco significativa entre eles.

Dessa forma, o preço médio alcançado pelo frango vivo neste ano se encontra ligeiramente acima de R$2,45/kg e apresenta resultado que corresponde a 81,7% do valor inicial de 2013.

Já a média alcançada pelo frango abatido, de R$3,21/kg, corresponde a 81% da cotação registrada pelo produto no início do ano. A diferença, neste caso, é de apenas 0,7 ponto percentual – um resultado sem dúvida desprezível.

Não fosse isso suficiente, um outro indicador (gráfico abaixo) confirma que frango vivo e abatido registram, no momento, evolução de preços muito próxima. Ou seja: ontem, a cotação registrada pelo frango vivo correspondeu a 88,33% do valor inicial de 2013; já o frango abatido resfriado alcançou nesta quarta-feira (em relação ao valor inicial do ano) preço médio correspondente a 85,12%. Embora maior neste caso (de 3,21 pontos percentuais) a diferença também é pouco significativa.