Análise de Mercado

Expectativas de Recuperação para a Safra do Tomate Industrial em 2024

Desafios climáticos e pragas ainda colocam em xeque a produtividade futura


Publicado em: 21/10/2024 às 10:10hs

Expectativas de Recuperação para a Safra do Tomate Industrial em 2024

Com a fase de colheita do tomate industrial praticamente finalizada, a Tomate BR, associação brasileira dos processadores e utilizadores de tomate industrial, divulgou um novo balanço referente à safra prevista para 2024. A análise indica que, apesar de um aumento esperado de 10% na produção, os desafios climáticos, exacerbados por episódios de queimadas, podem comprometer a produtividade das lavouras no próximo ano.

De acordo com os dados da associação, a produção deve alcançar quase 1,7 milhão de toneladas, considerando uma área cultivada de 18,7 mil hectares. Vlamir Breternitz, diretor da Tomate BR, observa que, embora a situação em 2024 seja um pouco melhor que a do ano anterior, o contexto continua desafiador para os produtores.

“O ano passado foi marcado por um cenário sem precedentes. Portanto, ao afirmar que a safra de 2024 terá uma recuperação de 10%, não podemos encarar isso como uma notícia inteiramente positiva. Trata-se, na verdade, de um pequeno alívio para o mercado. As mudanças climáticas têm se mostrado um complicador para a produtividade. No início do ano, enfrentamos chuvas intensas que afetaram o transplante das mudas, atrasando o cronograma e reduzindo algumas áreas de cultivo. Além disso, a proliferação de pragas, como a mosca branca, intensificou-se devido às altas temperaturas, levando à erradicação de algumas lavouras”, explica o executivo.

Impacto das Queimadas na Safra de Tomate Industrial

Embora as queimadas não tenham impactado diretamente as áreas de cultivo do tomate industrial, Breternitz expressa preocupação sobre como esses eventos podem afetar a produtividade da safra prevista para 2025.

“Certamente, é um cenário alarmante, e no que diz respeito ao tomate industrial, o maior impacto pode ainda estar por vir. A seca e o calor já estão interferindo nas lavouras, e as principais preocupações envolvem o armazenamento de água, a preservação da mata ciliar e o abastecimento dos lençóis freáticos. Se não ocorrerem chuvas suficientes nos próximos meses para repor os reservatórios, pode ser inviável cultivar algumas áreas, e as pragas poderão se tornar ainda mais agressivas”, avalia Breternitz.

Fonte: Portal do Agronegócio

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