Publicado em: 19/08/2025 às 17:30hs
Segundo Alê Delara, consultor e palestrante, o agronegócio brasileiro tem sido alvo de críticas recorrentes que, na realidade, revelam desconhecimento estratégico mais do que análises fundamentadas.
“São ideias recorrentes, travestidas de crítica, que demonstram mais ignorância estratégica do que análise real de cenário. O agro brasileiro não é um setor periférico — é um instrumento de projeção internacional do país”, comenta Delara.
Em um contexto global marcado por crise alimentar, instabilidade logística e pressões ambientais, a capacidade do Brasil de produzir alimentos em larga escala tornou-se um importante ativo geopolítico. Dados da Embrapa e da Conab indicam que, entre 1990 e 2022, a produção agrícola brasileira cresceu mais de 400%, enquanto a área plantada avançou apenas 60%, resultado de tecnologia, eficiência e integração de sistemas produtivos.
O discurso de que o Brasil “só exporta commodities” ignora que a demanda global está centrada nesses produtos, além de desconsiderar a complexa cadeia agroindustrial nacional, que envolve processamento, logística, armazenagem e serviços.
Para Delara, não há crescimento sustentável sem exportação, e a expansão do setor depende de uma estratégia internacional estruturada, que combine planejamento comercial, diplomacia técnica e narrativa institucional capaz de comunicar ao mundo o real valor do agro brasileiro.
“Está na hora de parar de pedir desculpas por sermos fortes. O agro não deve ser tratado como um problema a ser tolerado, mas como uma alavanca de projeção nacional. Precisamos deixar de lado o complexo de colônia e assumir o protagonismo que já exercemos na prática. Quem alimenta o mundo não negocia com timidez — negocia com visão, presença e projeto”, conclui Delara.
Fonte: Portal do Agronegócio
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