Publicado em: 30/04/2021 às 08:00hs
“O Agro é Pop". Você já deve ter ouvido essa expressão. E é também o segmento da economia brasileira que mais cresce. O agronegócio respondeu por 21,4% do PIB, em 2019, cerca de R$ 1,55 trilhão e, em 2020, mesmo em meio à pandemia, obteve crescimento de 6,75%, em relação ao ano anterior.
O Brasil tem mais de 5 milhões de propriedades rurais espalhadas pela grande maioria dos seus 5,5 mil municípios. Para produzirem e gerarem riqueza para o país, essas terras precisam de insumos e de uma infinidade de produtos: defensivos agrícolas, sementes, fertilizantes, nutrição, biológicos e saúde animal, adubos, máquinas e peças agrícolas e, também: cercamento, balanças de gado, celulares, softwares, drones, equipamentos de precisão, além de produtos de higiene e limpeza para as equipes das fazendas. Tudo deve fazer parte de uma ampla cadeia de distribuição que precisa ser muito eficiente, pois sem esses produtos o agro literalmente para.
Tão importante quanto a venda de uma safra de soja ou contratos de exportação de carne, é garantir que todos os insumos e produtos que uma propriedade precisa, estejam disponíveis no lugar certo, na hora certa, na quantidade certa para o produtor rural certo.
Esta cadeia de distribuição, frequentemente, envolve indústrias, distribuidores, revendas, representantes comerciais e técnicos de alto nível que recomendam e auxiliam o produtor. É um mercado onde indústrias, distribuidores e cooperativas têm um grande papel, seja na produção dos insumos ou na distribuição. A ideia é que, juntos, e de forma colaborativa, possam garantir a chegada dos itens até o produtor rural. Tendo em vista o grande desafio do agro para o futuro, com base no crescimento populacional, cada vez mais todos precisam trabalhar de forma ainda mais inteligente, contando com toda a inovação e recursos tecnológicos para que o produtor seja mais eficiente.
Num mercado extremamente espalhado geograficamente, com problemas de acesso de internet nas terras, e considerando que 77% das propriedades rurais são de menor porte e altamente pulverizadas, é fácil concluir que os desafios da cadeia de distribuição da indústria até o produtor são de proporções tão grandes quanto a participação do segmento no PIB. Juntando isso à infraestrutura brasileira de logística e tecnologia, o quadro cria certa complexidade.
A tecnologia já é uma aliada do agro no Brasil, que tem excelência em vários ramos: melhoramento genético, controle de produção e vários outros que nos colocam à frente de países desenvolvidos em eficiência de produção. É um sistema que auxilia, cada vez mais, na cadeia de produção e distribuição, alimentando esta máquina gigantesca, como é o agro brasileiro.
A chegada da venda B2B Digital - Um dos grandes desafios que as revendas e lojas agrícolas possuem é conseguir acessar bons fornecedores, com produtos de qualidade, garantia e previsibilidade de entrega, além de ótimas condições comerciais. É aqui que a transformação digital do canal de venda B2B das indústrias e distribuidores começa a criar um diferencial que torna toda a cadeia mais eficiente. Este canal de venda B2B digital tem a missão de fazer com que os produtos da indústria alcancem o maior número de pontos de venda a ter a menor ruptura possível.
Um estudo realizado pela McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial americana, mostra que o agricultor brasileiro é mais antenado em tecnologia do que produtores norte-americanos. No Brasil, 36% dos pesquisados fazem compras online para a fazenda, contra 24%, nos Estados Unidos. Isso revela o crescimento e a adaptação necessária das Indústrias, Distribuidores e Cooperativas a buscarem ainda mais disponibilização de seus produtos para o campo, também por meio do canal digital. Em cenários de venda B2B extremamente pulverizados e dispersos, geograficamente, portais de e-Commerce B2B da indústria e de distribuidores terão, cada vez mais, um papel chave na cadeia de suprimentos até as revendas.
Mas o que é importante levar em conta quando falamos em digitalizar a venda B2B dos insumos do Agro e em projetos de implantação de portais B2B?
Mauricio Di Bonifacio, diretor da Fast Chanel, e Rose Fávaro, gerente de negócios do segmento agro, da Neogrid.
Fonte: Core Group
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