Publicado em: 03/02/2014 às 11:20hs
Mas o recuo registrado poderia ter sido menor não fosse o despejo, no mercado independente, de aves vivas provenientes de outros estados. Pois essa ocorrência, somada ao aumento da disponibilidade de frangos vivos pertencentes a empresas integradas (e que, normalmente, utilizam esse mercado como válvula de escape para a queda na demanda de frango abatido) desestabilizou totalmente o segmento, gerando negócios que, no final de janeiro, eram fechados por valores inferiores ao de referência do setor.
Em decorrência, no primeiro mês de 2014 o valor médio alcançado pelo frango vivo situou-se no menor patamar dos últimos cinco meses, apresentando recuos de 16,59% e de 2,15% sobre, respectivamente, o mesmo mês de 2013 e o mês anterior, dezembro de 2013.
Correspondendo à maior redução dos últimos dois anos (índices de queda similares não eram registrados no setor desde o início de 2012), o recuo de 16,59% em relação a janeiro do ano passado poderia ter uma explicação na menor pressão que os custos vêm exercendo sobre a produção.
Na realidade, porém, essa diferença é grande porque as condições de mercado são opostas. Agora, sobra produto. Lá, justamente em função do custo elevado, a oferta era restrita.
Porém, usar o indicador custo para justificar a alta redução é totalmente equivocado. Pois, como mostrou a Embrapa Suínos e Aves recentemente, o custo de produção do frango recuou apenas 2% em um ano. Ou seja: o setor, como um todo, paga caro pela incúria de empresas que continuam a desconhecer as limitações de mercado do primeiro mês do ano.
Fonte: Avisite
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