Na semana passada, o presidente do banco, Luciano Coutinho, já havia antecipado uma moderação nos desembolsos nos últimos meses. Ele ressaltou, na ocasião, que os pedidos de financiamento mostravam leve recuperação. Os dados sobre os desembolsos do semestre foram publicados sexta-feira no "Diário Oficial da União", onde consta o detalhamento do desempenho do banco no período.

Segundo o demonstrativo, a infraestrutura respondeu por 36,8% dos desembolsos no semestre - de 30,9% em igual período de 2013. A parcela destinada à indústria no total desembolsado, no entanto, recuou de 32,9% para 26,4% na mesma base de comparação.

Para comércio e serviços, a parcela nos desembolsos totais da instituição de fomento subiu de 25,3% para 27,8%. A fatia da agropecuária caiu de 10,9% para 9%, sempre na comparação entre semestres.

Os setores de química, petroquímica e de transporte rodoviário foram destaque nas liberações do BNDES. Os dois primeiros segmentos contribuíram com 23,9% do total de desembolsos da indústria e com 31,7% das liberações totais para infraestrutura, respectivamente.

Nos primeiros seis meses do ano, o retorno das operações do banco correspondeu a 79,8% do fluxo de caixa do BNDES. O Tesouro Nacional, por sua vez, respondeu por 20,8% do funding.

De janeiro a julho, a instituição lucrou R$ 5,471 bilhões, melhor resultado para um primeiro semestre na história do banco. Do total, a BNDESPar, braço de participações societárias do banco, lucrou R$ 2,148 bilhões. O lucro do BNDES foi de R$ 2,994 bilhões, e do Finame, R$ 330,9 milhões. O Finame foi o único que viu seu resultado cair. No primeiro semestre de 2013, o lucro havia sido de R$ 443,9 milhões.