Publicado em: 30/08/2013 às 11:50hs
No primeiro, a evolução do volume exportado entre janeiro de 2000 e julho de 2003. Foi a época em que o Brasil atingiu seu primeiro milhão de toneladas anuais e caminhou para se tornar o maior exportador mundial do produto.
Para dar melhor ideia do incremento expressivo observado naquela ocasião, basta dizer que o volume exportado nos 12 meses de 2000 (916.094 toneladas) foi superado três anos depois na metade do tempo anterior (930.931 toneladas entre janeiro e julho de 2003). Naqueles 43 meses os embarques mensais cresceram à razão de 1,61% ao mês.
O segundo gráfico sugere que essa fase ficou (definitivamente?) para trás. As curvas nele apresentadas correspondem ao mesmo espaço de tempo do gráfico anterior, mas dez anos depois (janeiro de 2010 a julho de 2013).
E o que se constata é que nesses 43 meses as exportações brasileiras de carne de frango praticamente se estabilizaram. É verdade que, tecnicamente, cresceram à razão de pouco mais de meio por cento ao mês, um terço da média observada uma década atrás. Mas mesmo esse índice é reflexo, apenas, dos baixos volumes iniciais de 2010. Tanto que o volume mais recente é apenas o terceiro maior do período analisado, ficando ainda aquém dos registrados em setembro de 2010 e em maio de 2012.
O significado disso é que, ao menos nas condições atuais da economia mundial, as exportações brasileiras de carne de frango não têm mais espaço para crescer, a não ser por ocorrências fortuitas. Caso, por exemplo, das vendas para o México. Que podem se tornar passageiras com o futuro equacionamento dos problemas sanitários mexicanos.
Parece, no entanto, que essa perspectiva não se resume às exportações, aplica-se também ao mercado interno que, pelo visto até aqui, tende a consumir em 2013 volume de carne de frango menor que o dos últimos dois anos.
Isso tudo deixa apenas um recado: é proibido crescer.
Fonte: Avisite
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