Publicado em: 03/09/2025 às 08:00hs
O azeite de oliva extra virgem está cada vez mais presente na mesa dos brasileiros, seja para temperar saladas, finalizar pratos ou dar mais sabor na cozinha. Porém, o que muitos consumidores desconhecem é que o azeite é também um dos produtos mais falsificados no mercado mundial, devido à alta demanda e ao seu valor agregado.
Diante da variedade de marcas, preços e promessas nas prateleiras, surge a dúvida: como identificar um azeite realmente de qualidade?
O primeiro passo é observar atentamente o rótulo. Termos como “extra virgem”, “extração a frio” ou “primeira prensagem a frio” indicam processos mais cuidadosos, que preservam sabor, nutrientes e qualidade.
“A acidez é outro indicador essencial. No azeite extra virgem, o limite é de 0,8%. Quanto menor a acidez, menor o grau de oxidação e melhor a preservação dos nutrientes”, explica Eduardo Casarin, country manager Brasil & Latam da marca italiana Filippo Berio.
Além disso, é importante verificar selos de pureza e a ausência de aditivos químicos.
No mercado, algumas marcas oferecem produtos que misturam azeite de oliva com outros óleos vegetais, como soja ou girassol. Apesar de não serem nocivos, esses óleos não entregam os mesmos benefícios nutricionais do azeite extra virgem puro. Por isso, ler o rótulo com atenção é fundamental para não levar gato por lebre.
Outra dica é optar por azeites provenientes de países ou regiões com tradição na produção. Marcas internacionais consolidadas tendem a seguir padrões rigorosos de qualidade. A reputação da marca também pode ser um bom indicativo para evitar fraudes.
O azeite deve ser comercializado em garrafas de vidro escuro ou em latas, já que a luz acelera a oxidação e compromete suas propriedades. Embalagens transparentes devem ser evitadas.
Em casa, o armazenamento também influencia: o ideal é manter o azeite em local fresco, longe do fogão e da luz solar direta. A faixa de temperatura indicada vai de 15°C a 23°C.
É preciso desconfiar de azeites com preço muito baixo, já que a produção de um extra virgem autêntico envolve custos elevados. Produtos baratos podem ser adulterados ou diluídos com óleos inferiores.
O aroma é outro ponto importante. Um bom azeite extra virgem deve lembrar azeitona fresca, com notas frutadas de maçã verde, alcachofra ou amêndoa. Já a cor, por si só, não garante qualidade: o tom varia conforme o tipo e maturação da azeitona. Há até casos em que corantes artificiais são usados para enganar o consumidor.
O azeite de oliva extra virgem é conhecido por seu alto teor de antioxidantes e ácidos graxos benéficos, sendo aliado da saúde cardiovascular, cerebral e metabólica. Porém, quando adulterado, pode perder suas propriedades ou até conter substâncias prejudiciais.
“Nosso compromisso é garantir que o consumidor brasileiro tenha acesso a um azeite autêntico e seguro. Por isso, cada detalhe na hora da compra faz diferença”, reforça Casarin.
Fonte: Portal do Agronegócio
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