Análise de Mercado

Commodities Agrícolas

Ligeira queda


Publicado em: 20/01/2014 às 21:00hs

Commodities Agrícolas

O excesso de oferta global de açúcar voltou a pressionar as cotações da commodity na sexta-feira. Os papéis para maio encerraram a 15,40 centavos de dólar por libra-peso na bolsa de Nova York, baixa de 22 pontos. Maior produtor e exportador mundial de açúcar, o Brasil está moendo mais cana nesta safra 2013/14 (que se encerra no fim de março) do que no período anterior. Conforme a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a região Centro-Sul do país processou 594,1 milhões de toneladas no acumulado até 1º de janeiro, 12% acima do mesmo período do ciclo anterior. A produção de açúcar totalizou 34,3 milhões no intervalo, alta de 0,6%. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar cristal ficou em R$ 49,67, queda de 1,23%.

Moagem previsível

O resultado previsível da moagem de cacau nos EUA no quarto trimestre do ano passado reduziu as cotações do amêndoa na bolsa de Nova York na sexta-feira. Os contratos futuros com vencimento em maio fecharam o pregão a US$ 2.709 por tonelada, queda de US$ 52. O processamento da amêndoa nos EUA durante o quarto trimestre de 2013 somou 125,3 mil toneladas, alta de 4% na comparação com as 120 mil toneladas processadas em igual período de 2012, segundo Associação Nacional dos Confeiteiros. Apesar do crescimento, o número ficou dentro das expectativas e, portanto, não foi visto como altista pelo mercado. No mercado brasileiro, o preço médio do cacau em Ilhéus e Itabuna caiu 1,8%, para R$ 98 a arroba, segundo a Central Nacional de Produtores de Cacau.

Forte demanda Impulsionados pela forte demanda, os preços do algodão atingiram o maior valor em mais de três meses na última sexta-feira. Os contratos futuros da commodity para maio fecharam o pregão de sexta-feira, a 87,05 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 65 pontos. De acordo com analistas, os preços da pluma seguem embalados pelos dados de exportações divulgados na quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). De acordo com o órgão, exportadores fecharam, na semana encerrada em 9 de janeiro, contratos para a venda de 223,7 mil fardos de algodão. Trata-se de uma alta de 46% ante a média das últimas quatro semanas. No Brasil, o indicador do Cepea/Esalq para o algodão subiu 0,24%, a R$ 2,2333 por libra-peso. No mês, a valorização alcança 4,95%. Pressão de oferta O crescimento da oferta mundial de trigo pressionou as cotações da commodity sexta-feira. Na bolsa de Chicago, os contratos futuros com vencimento em maio fecharam o dia a US$ 5,705 por bushel, retração de 1,59% ou 9,25 centavos de dólar. Na bolsa de Kansas, onde o trigo de melhor qualidade é negociado, os contratos com igual vencimento fecharam a sexta-feira a US$ 6,21 por bushel, queda 4,75 centavos de dólar. Conforme o USDA, a produção global de trigo nesta safra 2013/14 totalizará 712,7 milhões de toneladas, volume 8,6% superior ao registrado no ciclo anterior. O Canadá terá uma colheita recorde e a Austrália deve ter a terceira maior da história. No Paraná, contudo, o preço médio do trigo calculado pelo Cepea/Esalq subiu 1,53%, para R$ 777,19 a tonelada.

Fonte: Promoalgo

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