A expectativa é de superar a média de produção da safra 2012/2013 e conseguir bons preços na comercialização do cereal, que deve ser exportado em grande parte para os países asiáticos.

As boas cotações no mercado internacional e o superávit da demanda no mercado interno animou sojicultores brasileiros a aumentar as áreas plantadas e investir ainda mais no cultivo do cereal para a safra 2013/2014. Parte das áreas que antes eram destinadas ao plantio de milho, hoje, já está ocupada com lavouras de soja.

Na região Sudoeste Paulista a realidade não é diferente e a aposta de 90% dos agricultores foi no cultivo da oleaginosa, como é o caso dos associados da Cooperativa Agro Industrial Holambra, com sede em Paranapanema. Para o presidente da Cooperativa, Simon Maria Veldt, os sojicultores foram estimulados pelos bons preços de mercado refletidos pela baixa da produção internacional. “Os preços dos últimos 3 anos tem sido bastante remuneradores em função de quebras de safra nos Estados Unidos e América do Sul, associados a uma demanda firme, principalmente pelos países asiáticos”, afirma Veldt.

O presidente da Cooperativa ainda explica que na região Sudoeste Paulista, como em outras regiões brasileiras, é possível aproveitar, com boa produção, duas safras por ano. “Na nossa região, a soja realmente tomou algum espaço do milho, mas na maioria das regiões, é possível fazer duas safras no ano, a primeira de soja, colhida em janeiro/fevereiro, seguida de uma safrinha de milho”, completa.

Mercado em alta – O bom momento da soja também impulsiona e aquece o mercado de insumos agrícolas. O engenheiro agrônomo Nelson Schreiner Junior, diretor técnico comercial da Nutriceler, empresa que fabrica e distribui tecnologia norte americana de fertilizantes foliares para a agricultura brasileira, também está comemorando o bom momento. Junior explica que os agricultores estão buscando cada vez mais produtos que visam maior eficiência em menor tempo, com mais praticidade e maior rentabilidade. “A soja sempre foi uma opção muito rentável para o agricultor brasileiro, mas essa safra será diferenciada. Percebemos uma maior preocupação em aumentar a produtividade e os rendimentos. Nossa proposta é disponibilizar produtos de alta tecnologia, que aplicados de maneira correta, utilizando o Manejo Integrado de Nutrição (MIN), ferramenta de nutrição inovadora desenvolvida pela Nutriceler, proporcione resultados acima da média, que é o que todos esperam”, afirma.

Milho em baixa – Com todas as atenções voltadas para a soja, o milho, uma das culturas de maior produção no país, deve ocupar posição de destaque para a safrinha. Simon Veldt acredita que, mesmo que a área de plantio de milho safra seja menor, ela será largamente compensada pelo aumento da área de milho safrinha. “Apesar da safrinha ter menor produtividade, em função da grande área, a produção de milho no Brasil também tem crescido muito. Pode haver um deslocamento da época de safra e entressafra, o que trará alguns ajustes de preços com picos em épocas diferentes do que estamos acostumados, com falta de milho do primeiro semestre e sobras no segundo semestre”, alerta o especialista.

Junior Schreiner acrescenta que com a adoção de novas tecnologias, a safrinha pode ser muitorentável e produtiva. “A Nutriceler trouxe para o mercado brasileiro uma fonte de nitrogênio para ser aplicado via folha, que tem mostrado resultados superiores às adubações convencionais de solo nas lavouras de milho safrinha.. A tecnologia está ajudando muitos agricultores a conquistarem resultados excelentes, principalmente nos períodos de entressafra”, afirma o diretor da Nutriceler.

Tecnologia aliada – 70% das áreas de produção agrícola de Holambra II, distrito do município de Paranapanema e local reconhecido pela alta produtividade de grãos, são irrigadas e fazem uso intensivo de modernas tecnologias. “Com a adoção de alta tecnologia, a média da produtividade obtida na safra passada foi de 67 sacas por hectare. Esperamos poder repetir ou até superar esta marca. Para isso estamos apostando em novas tecnologias, inclusive em variedades resistentes às lagartas”, estima o presidente da Cooperativa.