Por volta de 12h15 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 13 e 18 pontos.

O mercado, segundo analistas, passa por um novo movimento de realização de lucros após as altas registradas nos últimos dias, quando as primeiras posições, novembro/13 e janeiro/14, conseguiram retomar a casa dos US$ 13 por bushel. "Essa queda reflete uma liquidação dos índices", explicou Mauricio Correa, analista de mercado do SIM Consult.

Segundo o analista, o mercado ainda conta com fundamentos bastante positivos, porém, o mercado passa por essas correções técnicas e logo volta a subir. "O mercado deve voltar bem. Temos os números de vendas semanais na quinta-feira e há bastante operações sendo registradas. Temos também os investidores se posicionando, o farelo, que também caminha com volatilidade, recuando e levanos outros índices técnicos à liquidação. Isso só deve provocar um alívio dos indicadores e, de agora em diante, o mercado deverá se estabilizar. Acredito que há espaço para o janeiro bater nosUS$ 13,30", explica.

Outro fator que é observado pelo mercado nesse momento é o avanço da colheita nos Estados Unidos. Os trabalhos de campo parecem ter evoluído no último final de semana e, os traders aguardam pelo boletim de acompanhamento de safra que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no final do dia para confirmar essa evolução.

De acordo com Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, caso os números venham próximo de 90% para a soja, essas informações podem pesar sobre o mercado. Por outro lado, no caso do milho, que nesta segunda operava com cerca de 5 pontos de baixa, por volta de 12h30 (Brasília), ainda há atraso nos trabalhos e por isso o impacto deverá ser menor. "É provável que o USDA mostre um pouco acima de 50% das lavouras colhidas, ou seja, ainda há muito milho pra ser colhido nos Estados Unidos", disse.

"O mercado aproveita esse momento para fazer essa liquidação. Trata-se de um mercado bem morno, sem rumo e sem direção no curto prazo", completa Brandalizze. Assim, o consultor acredita que o direcionamento para os preços possa vir com os números de oferta e demanda que o USDA trará no dia 8 de novembro, no entanto, só caso traga novidades expressivas.