Análise de Mercado

CNI celebra decisão dos EUA de retirar tarifa sobre produtos agrícolas brasileiros: “Avanço nas relações bilaterais”, diz Ricardo Alban

Presidente da Confederação Nacional da Indústria considera a medida um passo importante para fortalecer os laços comerciais entre Brasil e Estados Unidos e ampliar negociações em outros setores.


Publicado em: 21/11/2025 às 11:15hs

CNI celebra decisão dos EUA de retirar tarifa sobre produtos agrícolas brasileiros: “Avanço nas relações bilaterais”, diz Ricardo Alban
Foto: Gilberto Sousa
EUA retiram tarifa de 40% sobre produtos agrícolas do Brasil

A decisão do governo norte-americano de remover a tarifa de 40% aplicada a 249 produtos agrícolas brasileiros foi recebida com entusiasmo pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, a medida representa um avanço concreto na renovação da agenda bilateral e reforça a relevância do Brasil como grande parceiro comercial dos Estados Unidos.

“Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, afirmou Alban.

Setor privado foi essencial nas negociações

Segundo o presidente da CNI, o setor produtivo brasileiro tem desempenhado um papel ativo nas negociações para reduzir as barreiras comerciais impostas desde agosto. Em setembro, a entidade liderou uma missão a Washington com 130 empresários brasileiros, com o objetivo de estreitar o diálogo e buscar soluções para o chamado “tarifaço”.

Produtos beneficiados voltam a ganhar competitividade

Entre os produtos contemplados pela retirada da tarifa estão carne bovina, café e cacau, itens de grande presença na cesta de consumo americana.

Alban destacou que a medida restabelece a competitividade dos produtos brasileiros, especialmente após a revogação das tarifas recíprocas de 10% feita pelo Brasil na última semana. “A remoção das tarifas permite condições mais justas para nossos produtores e fortalece a presença do agronegócio brasileiro no mercado americano”, ressaltou.

Próximos passos incluem negociações sobre bens industriais

Para o líder da CNI, o gesto do governo americano abre espaço para novas rodadas de negociação, agora voltadas a bens industriais.

“A complementariedade das economias é real. Precisamos evoluir nos termos para a entrada de produtos da indústria brasileira, especialmente nos setores de máquinas e equipamentos, em que os Estados Unidos são nosso principal mercado”, destacou Alban.

CNI reforça diálogo de longo prazo com os Estados Unidos

Desde o início da aplicação das tarifas, a CNI tem buscado estreitar o diálogo com autoridades e instituições americanas, atuando como ponte entre os setores produtivos dos dois países. Para Alban, a recente decisão demonstra a força da cooperação construída ao longo de dois séculos de relações diplomáticas.

“Essa medida reafirma a importância dos 200 anos de parceria entre Brasil e Estados Unidos e sinaliza uma nova fase de cooperação econômica”, concluiu.

Fonte: Portal do Agronegócio

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