Publicado em: 14/11/2013 às 12:10hs
Nas projeções da APINCO, em setembro último o Brasil produziu pouco mais de 1,034 milhão de toneladas de carne de frango, volume 1,87% superior ao do mesmo mês do ano passado (1,015 mi/t), mas 3,21% menor que o do mês anterior (1,068 mi/t em agosto de 2013). Esse foi, também, o menor volume nominal dos últimos sete meses, ficando acima, apenas, da produção de janeiro e fevereiro, meses em que o setor ainda enfrentava os efeitos do alto custo das matérias-primas e era forçado a reduzir a produção.
“O volume produzido em setembro poderia ter sido maior”, ressalva o Departamento de Estatísticas da APINCO. Isso só não ocorreu – é explicado – porque as fortes ondas de frio da segunda quinzena de julho e da primeira quinzena de agosto ocasionaram elevada mortalidade nos pintos então alojados (base dos frangos abatidos em setembro), além de causarem significativa perda de produtividade nas aves sobreviventes.
O volume projetado para setembro leva em conta esses fatores. Mas, na opinião de analistas do setor, é bem possível que o volume efetivo não tenha chegado ao milhão de toneladas, possibilidade sugerida pelo fato de, no mês, o frango (tanto o vivo como o abatido) ter alcançado os melhores preços de 2013.
De toda forma, aceitos os números divulgados, a produção brasileira de carne de frango dos nove primeiros meses do corrente exercício soma 9,387 milhões de toneladas, permanecendo 2,69% abaixo do que foi produzido nos mesmos nove meses de 2012.
Mantida a média mensal desse período no corrente trimestre, o volume total de 2013 ficará em torno dos 12,516 milhões de toneladas, ou seja, continuará inferior ao dos últimos dois anos.
Neste caso, o índice de queda em relação a 2012 não passará de 1%, índice que difere bastante daquele registrado nos últimos 12 meses, próximo de 4,5%. Mas essa diferença também tem justificativa. É que no trimestre final de 2012, frente à restrição imposta pelos custos elevados, a produção de carne de frango sofreu fortíssimo recuo, caindo quase 10% em relação a idêntico trimestre de 2011.
Neste ano, ainda que a expansão continue moderada, essa queda não deve se repetir e, com isso, o volume produzido no trimestre será naturalmente maior, caindo a diferença anual comparativamente ao que foi registrado nos 12 meses encerrados em setembro último.
Fonte: Avisite
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