De acordo com agências internacionais, a notícia de que os produtores de café robusta (conilon) do Vietnã estariam segurando suas vendas por conta da redução dos estoques do país, podem ter impulsionado as cotações do robusta e do arábica.

O vencimento julho encerrou o dia valendo 189,25 centavos de dólar por libra-peso, depois de subir 535 pontos. O contrato para entrega em setembro fechou em 191,50 cents e o dezembro em 194,20 cents / libra-peso, todos com alta de 535 pontos.

Outro fator que está influenciado os preços, segundo o presidente do Conselho Regional de Café da região de Guaxupé-MG, Fernando Barbosa, é a expectativa do novo relatório da Conab, que deve ser divulgado até o final desta semana com a nova previsão para a safra brasileira.

“Além da expectativa do relatório, tivemos uma queda de temperatura aqui em Minas Gerais... O clima frio, principalmente com vento, pode derrubar os grãos e propiciar a incidência da phoma, doença fúngica que costuma aparecer no inverno”. Barbosa explica também que o clima frio e chuvoso facilita a disseminação da ferrugem. “Tudo isso aumenta o medo de mais perdas na produção”.

O presidente do Conselho, que sempre visita lavouras na região de Guaxupé-MG, afirma que as condições dos cafés colhidos continuam ruins e indicam que as perdas podem ser maiores do que se espera. “Estamos prevendo uma perda de 25% a 30% para a região, mas em alguns lugares, principalmente nas regiões mais baixas e arenosas, as perdas chegam a 80%”.